SAÚDE: Campo Bom e Sapiranga registram superlotação em seus hospitais

Região – A chegada do frio tem relação direta com a superlotação dos hospitais nesta época do ano. E a realidade não é diferente nas Casas de Saúde da região, em Sapiranga e em Campo Bom.

Segundo o diretor técnico do Hospital Dr. Lauro Reus, de Campo Bom, Dr. Thiago Serafim, a maior procura é comum e acontece em função das variações de temperatura, períodos de chuva e frio, assim como permanência em ambientes fechados. Todos esses fatores, “propiciam a exacerbação de pneumopatias crônicas, assim como o aumento da incidência de doenças diretamente ligadas com o clima, como pneumonias, gripes e resfriados”, explica Serafim. Ele confirma que os leitos da emergência da Casa de Saúde estão superlotados. Já nos leitos das Unidades de Internação, a ocupação é bem superior à média dos outros meses, porém não há falta de leitos.

Em Sapiranga, conforme a administradora do hospital, Elita Cofferri Herrmann, o local está superlotado, com pacientes aguardando na emergência para internação.

UBSs como primeira opção

A orientação para a população, conforme Thiago Serafim, é que, primeiramente, se dirija a uma Unidade Básica de Saúde ou um Pronto Atendimento de menor complexidade. “O ambiente de uma emergência é um local de risco, onde o paciente sem critério de gravidade pode ficar susceptível a infecções graves por compartilhar o mesmo espaço com pacientes graves”, ressalta. Igualmente, o Hospital Sapiranga pede que as pessoas busquem as UBSs ou UPA e que procurem a Casa de Saúde apenas em urgências e emergências.

Alta procura

Em Sapiranga, conforme a Secretaria de Saúde do Município, a mudança de comportamento da população foi percebida desde o começo do frio, quando aumentou o número de atendimentos às crianças e idosos, principalmente na UPA. O Hospital registra a mesma situação, onde desde a segunda quinzena de maio houve aumento da procura.

Em Campo Bom a preocupação é, principalmente, com a procura pelo atendimento pediátrico, área em que o percentual de atendimento de fichas sem gravidade ultrapassam os 90%. Com maior demanda, aumenta o tempo médio de espera, visto que os pacientes com quadro de disfunção respiratória aguda devem ser priorizados.

Texto: Sabrina Strack                  Fotografia: Arquivo JR