Sapiranguenses ficaram sem água, em média, 1 a cada 4 dias desde o mês de julho

por: Leonardo Oberherr

Após as diversas reclamações por conta da falta de abastecimento de água na cidade de Sapiranga, o Jornal Repercussão procurou a empresa responsável pelo serviço, a CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento), e realizou um levantamento preocupante no que diz respeito ao fornecimento de água potável em Sapiranga.

Desde julho, o número de ocorrências registradas pela falta de água aumentaram de dois chamados em julho para 19, em novembro, totalizando 47 ocorrências durante o período. Durante o período estudado, Sapiranga ficou um total de 339 horas sem abastecimento de água.

Nestes 153 dias decorridos nos cinco meses pesquisados, 38 tiveram interrupções no fornecimento de água, formando uma média de 1 dia sem água a cada 4 dias, sendo que as interrupções se intensificaram nos meses de outubro, com 13 paralisações, e novembro, que somou 19. Segundo o estudo, 63,8% das ocorrências são por conta de rompimentos da rede de abastecimento, totalizando 30 das 47 ocorrências. As outras 17 ocorrências se deram por falta de energia elétrica (5), problemas elétricos (2), manutenções diversificadas de acordo com a Lei Estadual 23.430/1974 (5), problemas eletromecânicos (3) e interligação de rede (2).

Corsan explica a falta de água

• Segundo o Coordenador Operacional Paulo Ramos, “as interrupções nos abastecimentos podem acontecer devido à vários fatores como problemas externos na falta de energia elétrica como ocorrido em dois momentos nos dias 28/11 das 12h00 às 17h30 e, mais tarde, no mesmo dia, das 21h30 às 2h30, comprometendo o abastecimento no sistema integrado Campo Bom / Sapiranga / Estância Velha / Portão durante todo o final de semana. Outros fatores que podem ocorrer, considerando que o sistema é automatizado são as falhas na telemetria, a falta de fase na rede de energia elétrica (o que não é raro) e rompimento de rede de água (mais comum)”.

Melhorias previstas pela Companhia

Além de esclarecer alguns pontos sobre a falta de abastecimento de água em Sapiranga, o Coordenador Operacional Paulo Ramos, comentou o que a CORSAN está fazendo para qualificar o atendimento: “entre as melhorias realizadas está a substituição de redes mais antigas ou as mais críticas que normalmente são em fibrocimento com histórico de rompimento. Lembramos ainda que essas substituições obedecem um cronograma de obras devido ao fato de que o serviço é realizado através de um contrato específico de ampliação/substituição de rede onde é definido um calendário de obras baseado nas prioridades”.

Período sem abastecimento em horas:

Motivos que levaram a falta de fornecimento: