Sapiranguense Felipe Plentz Klein ganha medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas

Sapiranga – O estudante, de 15 anos, Felipe Plentz Klein foi medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Esta já é a terceira vez que Felipe é premiado na competição, nas outras duas, ele ganhou a medalha de prata.

Felipe revela que não esperava ganhar ouro na última prova, “eu fiz ela com mais calma, sem pretensão nenhuma e daí eu consegui”.

O medalhista conta que descobriu a facilidade com a matemática quando ganhou a primeira medalha de prata, quando estava no 6º ano do ensino fundamental. “Até eu ganhar a primeira medalha, eu não sabia que tinha facilidade, eu até tirava notas boas nas provas, mas não esperava que iria ganhar uma medalha”. A mãe de Felipe, Sonia Plentz, conta do orgulho que tem pelo filho ter ganho tantas medalhas, “eram 18 milhões de inscritos nas escolas. É uma prova muito difícil”.

A cerimônia de premiação foi na Bahia e os alunos que receberam medalhas também ganharam viagem paga. Felipe lembra que faz parte da premiação uma bolsa de estudos em matemática. “Pra quem ganha medalha, pode ser a de bronze, a OBMEP já dá uma bolsa de matemática. São várias aulas, cada aula é feita para focar em matemática e a gente aprende muita coisa”, declara o estudante, que complementa, “o primeiro PIC – Programa de Iniciação Científica me ajudou muito, me introduziu mesmo e pra muita gente acho que isso ajuda bastante, dá bastante resultado.”

Rotina de estudos e foco na seleção para estudar na escola técnica

Mesmo com a facilidade de entender o conteúdo, Felipe tem uma rotina de estudos e conta ter interesse em procurar assuntos relacionados com a matemática. “Eu faço os exercícios da escola, tenho prioridades, mas às vezes, eu gosto de procurar algum conteúdo de matemática, ou simplesmente desenvolver algumas ideias. Estou começando a colocar alguns horários, depois do almoço eu já to começando, adiantando tudo”, disse. Agora no nono ano, o estudante também está se preparando para realizar a prova de seleção para o curso técnico de eletrônica da Fundação Liberato e planeja trabalhar na área da computação no futuro.

Professora fala sobre a conquista de Felipe

A professora Vânia Greff de Morais Ávila deu aula para Felipe nos três anos em que ele foi medalhista. “Ele é maravilhoso, sempre foi aquele aluno dedicado que todo professor quer ter. Ele se preocupa em fazer as atividades, não aceita somente a primeira explicação, ele vai atrás, estuda além”, disse. A educadora acrescenta. “Ele é aquele aluno que vai buscar mais, se ele não entender da primeira vez ele vai procurar situação diferente que possa fazer com que ele entenda”, acrescenta.

Vânia também falou da importância das olimpíadas de matemática. “Isso faz com que eles tenham uma visão diferente da matemática, porque muitas vezes a matemática assusta, e quando a gente trabalha na forma da olimpíada, que ela traz através de desafios e questões lógicas, amplia um pouquinho a ideia deles de matemática, eles entendem que não é só calcular por calcular”, avalia. “A parte mais importante então é isso, é ampliar a visão deles em relação a matemática e fazer com que eles gostem”, acrescenta Vânia.

Segunda Etapa

Vânia conta que todos os estudantes participam da olimpíada. “A gente faz com todos alunos da escola, do sexto ao nono ano, e daí se classificam alguns, 5% dos alunos que fazem a primeira etapa, a gente consegue mandar para a segunda”, explica. A professora reforça que, como é em horário de aula, todos fazem. “Então a gente define aquele período onde todos vão estar trabalhando naquela atividade ali. Quando a gente inscreve todos alunos, a gente tem um número de vagas maior para a segunda etapa”, disse.

Com incentivo, medalhas são comuns na escola

Este ano a escola teve quatro medalhistas na OBMEP, mas desde quando começou a participar das olimpíadas, a escola se destaca.“A gente vê que os alunos se empenham bastante nisso, mas é uma questão de incentivo da gente, em sala de aula, estar incentivando eles a procurarem”, relata Vânia. “Daí eu acho que vem essa questão da gente ter premiados, é a questão do incentivo, da dedicação deles e um vai incentivando os outros, porque no momento que eles perceberam que tem um aluno medalhista na escola, os outros também ficam com o olhar de eu também posso. Isso é um mérito muito grande para a escola”, finaliza.

Prova em etapas

A OBMEP é composta de duas etapas. A primeira é como se fosse uma classificatória para a segunda, que é de onde saem os medalhistas.

A primeira prova é objetiva, com o aluno podendo escolher qual das respostas está correta. Já a segunda fase é com se fosse uma prova dissertativa, onde o aluno precisa apresentar os cálculos e justificar a forma como chegou ao resultado.

Na segunda etapa, há quatro premiações possíveis, certificado de honra ao mérito e as medalhas de bronze, prata e ouro.

Texto e foto: Laura Blos