Sapiranga se mobiliza por mudanças na RS-239

SOS | Nesta semana, um protesto na rodovia e uma audiência pública clamaram por mais segurança na RS-239

Sapiranga – Dois movimentos distintos evidenciaram a prioridade dos sapiranguenses, de conseguir mais segurança na utilização da rodovia RS-239, tanto para pedestres quanto para motoristas. No final da tarde de segunda-feira (17), manifestantes foram até o km 29 da rodovia – em um ponto próximo ao local do acidente que vitimou a idosa Lony Kirsh na semana passada – e bloquearam a via, de forma alternada, nos dois sentidos. Entre as principais reivindicações dos manifestantes, estavam a construção de passarelas, instalação de redutores de velocidade e a própria redução da velocidade máxima permitida no trecho da rodovia.

Já na manhã de terça-feira (18), a Prefeitura de Sapiranga organizou uma audiência pública, para buscar soluções para o problema. A audiência, que foi realizada no auditório da Secretaria de Educação, contou com a presença de autoridades da região, como a prefeita de Sapiranga, Corinha Molling, o deputado estadual João Fischer (PP), o gerente de operações da EGR Fernando Avozzi, o sargento Dalvo Rocha, do Pelotão Rodoviário de Sapiranga, além de vereadores – alguns dos quais também estavam no protesto. As propostas da reunião foram encaminhadas pela prefeita Corinha à Secretaria de Transportes do RS e EGR.

Assuntos debatidos

– A audiência teve o pronunciamento de algumas autoridades do município e região e depois também teve um espaço aberto para debate, quando membros da comunidade e vereadores sapiranguenses também se pronunciaram. A comunidade entende que ações como instalação de passarelas e iluminação pública são necessárias. Mas também foi lembrado por membros da população um aspecto (levantado também pelo sargento Dalvo Rocha, da PRE) diferente do problema: a educação. Foi apontado que muitos que atravessam a rodovia não têm o costume de se deslocar aos pontos de passagem de pedestres, que até contam com faixas de segurança, para atravessar de um lado para o outro da rodovia.

– Na audiência, foram apresentados alguns dados sobre a 239. Em 2016, 2014, 2013 a rodovia esteve em 1º lugar em número de mortes, e neste ano a rodovia ainda ocupa esta colocação. A maioria dos acidentes ocorrem nos km 26 e 28, em Sapiranga e no km 43, em Parobé.

Autoridades na audiência

“É grande minha satisfação em ver a mobilização das pessoas que se uniram na luta por uma solução de um problema tão grave como a morte de pessoas na RS 239”.
Corinha Molling, prefeita de Sapiranga

“Em alguns momentos, a 239 teve um pico alto de acidentes, que atinge diretamente nossas famílias. Nós precisamos nos indignar e não aceitar respostas como nos são dadas. Para morte não tem justificativa.”
João Fischer, o Fixinha, deputado estadual pelo PP

“Não podemos nos contentar de forma nenhuma quando se perdem vidas, quando há insegurança. Acho que nada mais justo do que o valor que o cidadão paga aqui no pedágio permaneça aqui nesse trecho”.
Marcel van Hattem, deputado estadual pelo PP

“Quem tira vida na rodovia somos nós, nós motoristas, nós pedestres, de uma maneira às vezes imprudente. Temos que lutar para estruturar a 239, mas é importante essa questão da consciência no trânsito”.
Dalvo Tadeu da Silva Rocha, sargento responsável pelo Pelotão Rodoviário

“Sei que passarela é importante, mas a maioria das mortes que acontecem por atropelamento são na parte da noite. Ou seja, a iluminação do canteiro central da rodovia é muito importante.”
Carlos Maurício Regla, secretário de Planejamento de Sapiranga

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