Sapiranga retoma treinos com foco nas etapas estadual e nacional dos parajogos

Sapiranga exibe com orgulho atletas treinados no município e que se destacam (Fotos: Divulgação)

Sapiranga – O Comitê Paralímpico Brasileiro confirmou para o mês de novembro a realização das Paralimpíadas Escolares 2021. A competição será em São Paulo, entre os dias 22 e 27. Com essa confirmação, que ainda era indecisão pela pandemia, os municípios que incentivam os atletas já começam a se mobilizar.

Em Sapiranga, o foco passa a ser a participação no Campeonato Paradesportivo do Rio Grande do Sul (Paracergs) e, a partir disso, conseguir vaga para a etapa nacional. Para tanto, os treinos presenciais estão sendo retomados. Em razão da pandemia, que impediu as competições nos níveis municipal, estadual e nacional no ano passado, Sapiranga ainda não irá conseguir realizar os parajogos municipais.

“Mas estaremos fazendo uma seletiva de forma diferente. “A municipal, não devemos fazer, mas o que iremos trabalhar: como os professores já têm conhecimento maior no município, vamos atuar em cima dos índices de anos anteriores. Assim como também vamos tirar a marca e, se estiver dentro do que temos como um bom índice, o aluno estará no grupo para o Paracergs”, conta Flávio Bressan, coordenador do projeto. A ideia é levar atletas que tenham bom índice e chances maiores.

Incentivo aos atletas ganhou força em 2017

Flávio e Ana explicam que o trabalho com estes atletas acontece de forma diferente, pois os alunos são diferentes. “Cada aluno é tratado de forma individualizada no treinamento, conforme a deficiência e o esporte que eles entram, dentro da realidade de cada um”, dizem, salientando que o foco em resultado e a busca ativa por atletas iniciou efetivamente em Sapiranga no ano de 2017. “Foi neste ano que começamos a trabalhar focados em competição. Em 10 de julho de 2017 trouxemos um professor de Portão para desenvolver atividades e apresentar o paradesporto no município. 15 dias depois iniciamos as avaliações com os alunos. Fizemos um levantamento de todos os alunos do município, possíveis atletas”, relembra Flávio.

A partir disso, iniciaram os treinos, etapas municipal, estadual e nacional. “Também fomos ampliando o leque de opção, que hoje são bocha, futsal, tênis de mesa e atletismo”, completa Ana.

O que eles dizem

Ana Andrioli, diretora pedagógica da Educação. “Não é só esporte, é muito mais. Nesse público é algo que mexe com teu coração, tu revê valores de vida. Não é sobre ser o melhor, é sobre chegar na reta final, completar a prova; a emoção é indescritível”.

Flávio Bressan, coordenador do projeto. “A gente fica extremamente feliz e valorizando mais a profissão, que é achar esses alunos e mostrar que são capazes. Trabalhar esporte é bom, mas com pessoa de inclusão, é gratificante demais”.