Sapiranga espanta crise, gera empregos e atrai indústrias

Sapiranga – Em 2013, a economia do município sofreu com as demissões em massa das indústrias calçadistas Ramarim, Daiby e Myrabel, além do episódio envolvendo a empresa SüdMetal, do setor metal-mecânico, que também rescindiu contratos com funcionários. Ao todo, os sindicatos das categorias registraram 1.401 demissões entre abril de 2013 e fevereiro de 2014, ou seja, em um período de 19 meses.
Sem perder tempo, a prefeita Corinha Molling e o secretário de Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e Turismo, Elói de Paula, colocaram em prática medidas para superar a crise econômica e iniciar um novo ciclo de geração de empregos e renda em todos os setores da economia.
Para a indústria calçadista, que é um dos principais eixos do desenvolvimento do Vale do Sinos, a Prefeitura de Sapiranga ampliou a participação das fábricas de calçados nas principais feiras do setor, como a Couromoda, Francal, Sicc e Zero Grau. “Estas feiras colocaram nossas empresas e empresários frente a frente com milhares de compradores do país inteiro. Desde 2013, beneficiamos mais de 30 empresas” ressalta o secretário Elói de Paula.
Os microempreendedores também receberam a atenção do Poder Público municipal. Desde 2012, a Prefeitura vem reforçando o treinamento de servidores para impulsionar cada vez mais o microcrédito para os micro e pequenos empresários. A mais nova medida foi integrar o posto de atendimento do Sebrae (que funcionava junto à Câmara de Dirigentes Lojistas -CDL) à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e Turismo. “De 2012 até setembro de 2014, os empreendedores de Sapiranga tomaram mais de quatro milhões e seiscentes mil reais através do microcrédito.  Isso é dinheiro que está circulando no município”, explicou Elói de Paula.
Empresa uruguaia chega a Sapiranga
O prédio onde a empresa Ciudad Jardin se instalará possui 1.500 metros quadrados de área e foi construído recentemente. Conforme o secretário, Elói de Paula, estas empresas chegam ao município depois de muita articulação com os empresários. Outro ponto que pesou na hora de optar por Sapiranga foi a sua posição geográfica.
Novas áreas para futuras indústrias
Outra medida que deve surtir resultados, mas no longo prazo, é a regularização dos lotes industriais. “Teremos uma outra grande empresa se instalando na rua Cruzeiro do Sul. Ainda temos os lotes em uma área de 47 mil metros quadrados e que serão vendidos à empresas interessadas, através de licitação”, destaca Elói. 
Empresas chegando
*Duas empresas, entre elas, uma do Uruguai, também oficializaram a instalação de suas plantas industriais em Sapiranga.
*Uma das novas indústrias é a JR Dublados, que faz dublagem de tecidos para a indústria em geral. “Esta empresa terá a sua sede às margens da RS-239 e deve gerar 25 empregos”, ressalta o secretário. A empresa possui sua sede em Birigui, São Paulo.
*A empresa Ciudad Jardin Brasil Indústria, Importação, Exportação e Comércio de Plásticos Ltda, alugou um prédio na rua Barão do Amazonas, bairro São Luiz, e deve iniciar sua produção de tubos e conexões de PVC em Janeiro. Serão gerados 40 empregos diretos.
Os últimos casos de demissões em Sapiranga…
A onda de demissões em Sapiranga iniciou com o fechamento da Unidade e Matriz da Calçados Daiby, em 1º de abril de 2013. Na época, a prefeita Corinha Molling lamentou e ressaltou a existência de uma política pública de incentivo de novas indústrias.
O segundo episódio de demissões ocorreu em julho de 2013, quando a Calçados Ramarim, demitiu 420 trabalhadores. Neste ano, em fevereiro, a terceira onda de demissões. Desta vez, a empresa Myrabel demitiu 381 funcionários.
Também no mês de fevereiro, foi a vez da SüdMetal, diminuir o ritmo de produção. Na oportunidade, foram demitidos 140 funcionários de um total de 400 trabalhadores.
Estatística da Prefeitura de Sapiranga mostra que nos seis primeiros meses de 2014, foram feitos 2.521 exames admissionais e 823 demissionais: saldo de 1.698 empregos.