Sapiranga – Um amplo trabalho de levantamento técnico e socioeconômico junto às famílias, que buscam o sustento através da reciclagem de materiais e com o uso de veículos de tração animal (carroças), está em andamento no município.
Com a aprovação da lei que institui o Projeto Viver, a Prefeitura promoverá um levantamento de quem são essas famílias, onde residem e quais as condições de trabalho dessas pessoas. A procuradora Jurídica, Ariane Pereira, comenta os encaminhamentos: “A primeira etapa do nosso cronograma é identificar essas pessoas. Queremos descobrir, entre outros pontos, se possuem outra forma de sustento, verificar eventuais casos de maus-tratos com os animais, para, posteriormente, alcançarmos o maior número de famílias”, projeta a advogada.
A erradicação de cavalos e das carroças passa, indispensavelmente, por uma nova alternativa que precisa ser encontrada pela prefeitura: “Ainda não temos uma opção de veículo alternativo. Descobrimos opções, mas nada definitivo. Aproveito para deixar claro que a Prefeitura procura estabelecer Termos de Parceria com a Via Bicho, onde cedemos uma área e animais violentados recebem os cuidados nesse esse local”, esclarece.
Projeto avança e prefeitura instituirá novas ações
Quando o projeto estiver em um estágio de maturação mais avançado, o planejamento do município é contar com parceiros que prestem auxílio veterinário para recuperação de animais que venham a ser vítimas de maus-tratos: “Estamos na fase dos encaminhamentos, inclusive, a viabilização do chamado carroção para transporte de animais doentes ou machucados. Hoje, esse transporte ocorre através da Via Bicho, que possui parceria com uma hotelaria”, esclarece Ariane.
No fim de julho, um caso de maus-tratos, contra uma égua, gerou uma petição on-line, cobrando uma ação concreta do município para frear os casos de violência contra os animais. Uma das reivindicações do grupo é a criação de um Fundo de Amparo e Proteção Animal e do Conselho de Proteção da Causa Animal: “Estamos recebendo alguns nomes para compor o Conselho e a organização está progredindo. Existe uma comissão que trabalha na apresentação de alternativas e ações”, conclui Ariane.