Sapiranga – Um documento elaborado com dedicação e cuidado, buscando sempre melhorias para o município. Esta é a definição do Plano Municipal de Saúde, que está entrando em vigor neste mês de setembro. O material que deve ser finalizado entre 150 a 160 páginas reúne uma série de informações como dados estatísticos de educação, faixa etária, água e esgoto, entre outros tantos fatores que vão influenciar na gestão de saúde pública.
A elaboração desse documento é uma exigência da Secretaria Estadual de Saúde e também do Ministério da Saúde, que através dessas informações vão poder analisar a situação dos serviços oferecidos, bem como acompanhar as ações previstas ou cobrar que os recursos sejam direcionados da forma correta.
Mais do que um instrumento administrativo, o Plano Municipal de Saúde viabiliza uma visão mais ampla dos programas implantados e da efetividade de cada atendimento.
O PMS também serve como prestador de contas, já que também inclui os resultados das ações previstas no plano anterior e inclui os novos projetos e melhorias para a área nos próximos anos. Essa é uma ferramenta fundamental para a gestão de saúde pública e servirá de guia para as equipes nos próximos quatro anos.
Mais do que um documento, o plano municipal viabiliza uma visão ampla da saúde pública
A secretária de Saúde, Janete Hess, que já atua no município há mais de 25 anos e participou da elaboração dos últimos dois planos salienta: “É instrumento importante para o planejamento das ações em saúde pública, busca planejar as diretrizes, as metas, indicadores, as pactuações, tudo referente a saúde. É uma exigência da SES, mas não só isso, é importante para o município, pois indica para atingir e planejar as ações, e daí é que vem o recurso, que é o que mais precisamos”. Outro ponto destacado pela secretária é o cumprimento das metas dos planos anteriores que é uma das garantias de novos repasses.
O Conselho Municipal de Saúde
Todo o planejamento de diretrizes e dados coletados que constam no Plano Municipal de Saúde foi realizada pelas equipes da Secretaria da Saúde. No entanto, todo o documento passa ainda por algumas fases de adequações, a primeira é a avaliação do Conselho Municipal de Saúde, eleito em agosto, formado por 22 membros, entre servidores da saúde, do hospital, representantes de associações de bairro, do sindicato de profissionais da saúde, de comunidades religiosas e também de instituições para portadores de deficiência. Este conselho sugere ajustes e faz apontamentos, o prazo para estes retornos era até 27 de agosto. Depois o documento é enviado para a SES e também é anexado ao DigiSus, que também podem fazer alterações. Até hoje, os planos enviados por Sapiranga têm sido aprovados na íntegra.
Índices de obesidade infantil
A importância do Plano Municipal de Saúde pode ser especificada em um dado alarmante revelado pela coleta de dados. Mais de 20% das crianças e adolescentes em idade escolar apresentam sobrepeso, obesidade ou obesidade grave. Esta informação chamou a atenção da secretaria que já buscou elencar ações na área de nutrição e também parceria com a Secretaria de Educação para tratar esse problema. À exemplo do programa de saúde bucal, que já estava previsto no último plano e acontece nas escolas.
Pandemia de Covid-19
A Pandemia de Covid-19 afetou a rotina de todos e não seria diferente com as metas do último plano. Algumas melhorias já efetivadas, como a implantação do prontuário eletrônico e o aplicativo Tun Tun estão listadas, porém alguns cumprimentos de metas foram afetados. Neste caso, pelo fato de a pandemia ter atingido diretamente a área da saúde pública, algumas flexibilizações foram realizadas pelo Ministério da Saúde.