Sapiranga divulga dados de projeto internacional

Descobertas |  Resultados de projeto de estudos do ar, em parceria com instituto sueco, foram apresentados no dia 6 

Sapiranga – Os resultados do projeto “Emissões e impacto de material particulado e fuligem” foram apresentados na manhã da última sexta-feira (6), em um seminário público realizado no auditório Jacobina Maurer, na Secretaria Municipal de Educação (SMED) de Sapiranga.
Estiveram presentes no evento, além de outras autoridades, a prefeita Corinha Molling, o pesquisador e colaborador do projeto Lars Gidhagen, do Swedish Meteorological and Hydrological Institute (SMHI), a diretora do Departamento do Meio Ambiente (DMA) Andréa Oberherr e a secretária da Educação, Maria Fátima de Souza.
Para Lars Gidhagen, os resultados do projeto, cuja campanha de campo foi realizada entre junho e agosto de 2014, apontam que Sapiranga não é uma cidade com um nível alto de poluição. “Mas também não é uma cidade muito limpa”, diz. “Agora sabemos o quanto da poluição vem de dentro da cidade, e o quanto vem de fora”. A pequisa mostra que, no caso da poluição que vem de dentro do município, as duas maiores fontes de poluição são a queima de lenha e a poluição emitida pelos carros que transitam na cidade.
Orientar o cidadão
“Não queremos que o cidadão pare de queimar lenha para usar em sua lareira, por exemplo. Nosso objetivo é mostrar a melhor maneira de praticar isso – se usarmos lenha seca em vez de lenha úmida, por exemplo, já diminui muito o índice de poluição’”,  comenta Andréa Oberherr. Segundo a diretora,  outro hábito aconselhável é praticar a limpeza das lareiras antes de usá-las.
Mais sobre o projeto
O projeto  “Emissões e impacto de material particulado e fuligem”  tinha o  objetivo de estudar e compreender as partículas de ar que contém fuligem e o carbono negro, em um ambiente urbano no Brasil. Segundo Lars Gidhagen, Sapiranga foi apontada pela Fepam, que também colabora com o projeto. “Estávamos procurando por uma cidade que se caracterizasse como centro urbano, mas que não fosse uma cidade grande, exatamente. Não teríamos recursos ou tempo o suficiente para desenvolver as pesquisas em uma cidade de porte maior, por isso Sapiranga foi indicada”, explica o pesquisador.
A partir dos resultados, a equipe de pesquisadores procura divulgar as descobertas e orientar a população sobre o que pode ser feito para evitar que as partículas sejam emitidas em demasia no município. 
 
Segundo o professor do instituto sueco, ele e sua equipe, juntamente do professor Marcelo Fernández, do Centro Mario Molina, do Chile, foram muito bem recebidos pela Prefeitura e organização municipal. “Chegamos sem nos anunciarmos com muita antecedência, mas a partir do momento em que o contato foi feito, a recepção foi muito boa. Não é o tipo de coisa que aconteceria na Europa, por exemplo”, comenta.