Sapiranga cobra do Estado para IFSul ter acessos

A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) corre contra o tempo. Tudo indica que a estatal não cumprirá os prazos para construir a necessária pista lateral da RS-239, que inicia na rua São Francisco e se estende até a futura rua Carlos Gilberto Weis (que também está atrasada e necessita ser construída, mas pela Prefeitura). Faltando pouco mais de três semanas para a conclusão das obras dos prédios do Câmpus Sapiranga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul- Riograndense (IFSul), os acessos (tanto pela RS-239 quanto pela rua Novo Hamburgo, via bairro Oeste), são as etapas mais atrasadas. Não existe sequer data para que as obras iniciem.
Em contato com o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, na sexta-feira (2), o governo gaúcho admitiu o curto prazo existente para construir os 300 metros da pista lateral, mas disse que trabalha com uma alternativa. “Faremos uma entrada mais simples, que não necessita de grande mobilização de operários e máquinas, para possibilitar o acesso dos estudantes e profissionais que trabalharão no Câmpus Sapiranga do IFSul”, assegurou Bertotto.
Pardais continuam desativados na RS-239
A instalação e manutenção de oito controladores de velocidade e duas câmeras na RS-239, entre Novo Hamburgo e Rolante, ainda não possuem datas definidas para iniciarem. Enquanto os equipamentos não voltam a operar, o que se percebe na única rodovia que liga o Vale do Paranhana e o Vale do Sinos é um aumento no número de acidentes. A responsável pela instalação é a empresa Perkons/SA, que venceu a licitação e fará a instalação de 34 pardais pelo estado por R$ 4.319.122,32. O contrato será assinado depois da fase de testes.
Metroplan
Para o asfaltamento das ruas Novo Hamburgo e da Carlos Gilberto Weis, a Prefeitura de Sapiranga articula com a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), recursos de mais de R$ 2,1 milhões para construir os acessos ao IFSul. O recurso pode vir de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Trânsito da RS-239 faz vítimas fatais e deixa passado de dor nas famílias envolvidas
Em um trecho de pouco mais de cinco quilômetros da RS-239, são pelo menos três cruzes colocadas, provalmente, por familiares de condutores que perderam a vida em acidentes de trânsito na RS-239. Duas das vítimas, Douglas Silveira e Artur Cabrera morreram neste ano após se envolverem em acidentes. O gesto das famílias, que é carregado de simbolismo, marca além da perda do familiar, quais são os pontos mais perigosos da RS-239, e que necessitam passar por um aprimoramento na sua sinalização. Porém, Luiz Carlos Bertotto revela que a curto prazo não estão previstas novas intervenções, como mudanças de retorno ou implantação de novas sinalizações ao longo da rodovia, administrada pela EGR.
RS-239 tem cratera próximo a Araricá
Uma cratera próxima do acesso a sede campestre do Clube 19 de Julho é a nova ameaça aos motoristas que transitam pela RS-239. Há sinalização no trecho, que apresenta um desnível de três metros, gerado pelo rompimento de uma rede de esgoto que atravesa a rodovia. A Sultepa deve executar o conserto nas próximas.