Sapiranga busca contratação para hospedaria de cavalos recolhidos

Sapiranga– O Projeto Viver, que prevê a erradicação do uso de animais para tração no perímetro urbano de Sapiranga, avança para a proibição das carroças. A exemplo de cidades como Canoas e Porto Alegre, em 2020 foi estipulado um prazo para a implementação da proibição da circulação de veículos com tração animal em determinados pontos da cidade. Em agosto de 2020, data da aprovação, o prazo para implementação era de um ano, até agosto de 2021. Porém, no último mês de março, ocorreu alteração no calendário dessa medida e foi decidida a redução gradativa até dezembro deste ano e proibição definitiva em dezembro de 2022.

 

Em 9 de abril ocorreu a abertura de uma licitação para a contratação de uma empresa que prestará o serviço de hotelaria com hospedagem e alimentação, bem como a avaliação veterinária para até 10 equinos, conforme necessidade. O serviço também inclui atividades recreativas, como passeios e caminhadas, sempre observando as condições e individualidades de cada animal. Esse é um passo importante na implantação do Projeto Viver, visto que os animais recolhidos do trabalho com carroças ou os que são resgatados, vítima de maus tratos, precisam de um local adequado para abrigo.

Defensora do projeto faz alerta sobre aplicação da lei

A vereadora Greici Medina (PSD) é uma das apoiadoras da lei que proíbe o uso de veículos com tração animal no perímetro urbano. Medina é defensora da causa animal, porém, destaca a complexidade da proposta “É um projeto complicado, porque precisa ser trabalhada a questão social das famílias”. A Assistência Social já trabalha no cadastramento das pessoas que têm o seu sustento ligado ao uso das carroças. O planejamento busca alternativas como outro tipo de veículo para coletas ou outras opções de atividade econômica.

“A nossa expectativa é pela regulamentação”, defende Greici, relembrando que em algumas cidades leis semelhantes já foram aprovadas, mas o cumprimento das mesmas não é efetivo. A vereadora salienta que essa medida do serviço de hotelaria é essencial para que os animais tenham onde ficar à medida em que forem recolhidos.  O animal permanecerá junto à prestadora de serviço até ser recuperado, quando serão disponibilizados para doação mediante termo de responsabilidade, informa a Prefeitura Municipal.