Sapiranga amplia o acolhimento à saúde mental da população e disponibiliza o CAPS AD

Sapiranga- Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são unidades especializadas em saúde mental para tratamento e reinserção social de pessoas que tenham algum problema ligado à saúde mental. Em Sapiranga, o serviço oferece acompanhamento de psicólogo e psiquiatra, oficinas terapêuticas, terapeuta ocupacional, assistente social, enfermeira e técnica de enfermagem, além de atendimentos aos dependentes químicos.
O Caps tem como sistema de atendimento o modo “portas abertas”, significa que o cidadão pode se encaminhar até a sede e pedir apoio para a sua necessidade, sem precisar de um encaminhamento específico. A partir do primeiro acolhimento que é feito, o paciente pode ser encaminhado para a área médica, ou para internação, por exemplo.

A equipe do Caps oferece um atendimento interdisciplinar, composto por uma equipe multiprofissional. Em Sapiranga fazem parte: dois estagiários que fazem a recepção no balcão de atendimento, um motorista que fica a disposição do centro e é fundamental nos casos em que os profissionais tem que fazer atendimento domiciliar -que foi bastante demandado nesse período de pandemia- , uma assistente social, uma terapeuta ocupacional, um psiquiatra, duas técnicas em enfermagem e cinco psicólogas.
O aumento de atendimentos para dependência química nos últimos anos está demandando que o CAPS desmembre os seus serviços, pois o atendimento ao dependente químico se distingue muito do atendimento infantil, por exemplo.
Em função disso o Caps deve passar a funcionar, já nos próximos meses, na antiga sede do CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher) na Avenida 20 de setembro,1695 no Bairro Oeste.
Já a sede atual do Caps que fica na Avenida Presidente Kenedy, 259 no centro, passará a abrigar o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, o CAPS-AD, que será direcionado ao atendimento de dependentes químicos.

O que é o CAPS- AD?

Pessoas com transtornos mentais possuem direitos, conforme o estabelecido pelo Ministério da Saúde, e estes devem ser observados pela sociedade. Os pacientes com problemas psiquiátricos, em alguns momentos, estão sujeitos a crises e o CAPS é o lugar indicado para seu acolhimento. No entanto, a saúde mental é ampla e contempla também a dependência química, que , em nosso país está mais atrelada à segurança pública do que ao serviço de saúde. Este é um dos motivos para que o surgimento do CAPS-AD na cidade, assim o atendimento pode ser direcionado e efetivo. No CAPS 1 continuarão os atendimentos de transtornos como esquizofrenia, depressão, entre outros. Já no CAPS-AD o atendimento será específico, voltado não só para o tratamento dos usuários em relação ao uso de drogas e álcool mas, também, para sua reinserção familiar, social e comunitária.

Nova unidade qualificará o atendimento

Esse processo de divisão entre os tipos de atendimentos do Caps está previsto nas regras do Governo Federal, portanto é uma adequação que Sapiranga passa a adotar devido a população já ultrapassar os 70 mil habitantes. “Essa é uma demanda de muito tempo já, que a gente, que trabalha ali e vem percebendo esse aumento do uso de álcool e drogas diversas, a gente precisava ter esse CAPS AD” destaca Iraci Maria de Souza, coordenadora do coordenadora do Caps e da área de saúde mental do município.
Além da equipe exclusiva que atenderá o Caps 1 e também o novo CAPS- AD, a estrutura do muicípio também engloba os profissionais da área nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Amaral Ribeiro, Centenário, Oeste e São Luiz, o chamado atendimento ambulatorial.
“O CAPS-AD vai ser ‘portas abertas’ e ainda vai oferecer grupos para os pacientes e também para as famílias, já que no caso da dependência química a família adoece junto, portanto esse suporte é fundamental” complementa Iraci.

Foto: Arquivo JR