Sapiranga 67 anos: Promotor Michael Schneider tem admiração pela cidade

Sapiranga – Natural de Cerro Largo, na região das Missões, Michael Schneider Flach assumiu a promotoria pública em 2016. A aproximação, através do trabalho, lhe fez ter grande admiração por Sapiranga, cidade pela qual pretende continuar atuando por longo tempo. “Gosto muito da cidade, das pessoas, são pessoas ordeiras, trabalhadoras, acolhedoras”.

Michael também cita as belezas de Sapiranga. “A cidade tem visual bonito. O Morro Ferrabraz é um patrimônio valioso, que temos que observar. Cidade bem asseada, me sinto bem trabalhando nela”. Questionado sobre pontos que precisam melhorar, Michael cita os problemas habitacionais. “Que acabam refletindo na nossa área de atuação, devido aos loteamentos irregulares. Infelizmente, as pessoas compram alguma cota ou algum terreno ainda, na planta, na área rural, desmembrada, acreditando que vai ser sua casa e terreno, e aquele loteamento não consegue ir para a frente. Às vezes, eles são apenas um fracionamento de terras e não como deve ser feito. Isso impacta muito na cidade, pois moradia é fundamental para as pessoas”. Sobre pontos positivos, ressalta a natureza e história. “Acho muito singulares, tem a casa enxaimel, que a gente pretende preservar, temos o Parque do Imigrante, fato de ser a Cidade das Rosas e a riqueza da história dos Muckers”.

Ações que visam o bem de toda a comunidade pelos olhos da promotoria

O promotor também se destaca por realizar ações visando melhorias para a comunidade. Em 2020, a Promotoria Pública fez com acordo com a Prefeitura e Delegacia de Polícia, no sentido “de que, sempre que necessário, as mulheres vítimas de violência doméstica fossem assistidas por advogado. O que verificamos é que muitas vezes, nessas situações, as vítimas não tinham ninguém para assisti-las. E isso é importante”, explica Michael, citando outra ação sobre o patrimônio histórico. “Outro trabalho interessante que fizemos, foi a construção da Casa do Imigrante, dentro do parque, que resultou de um acordo decorrente de dano ambiental e urbanístico, e reverteu para a cidade. Não só ela, fizemos também todo um trabalho de recuperação e melhoria no parque, nas trilhas, com plantação de novas árvores, nos aparelhos de ginástica da terceira idade, então, isso foi uma ação positiva”.
Atualmente, a promotoria está tentando recuperar a Casa Johann Schmitz, da qual é necessário recurso superior a R$ 1 milhão. “É muito difícil, mas espero que a gente consiga. Não vamos desistir”.