Sapiranga 67 anos: Esmeralda é “a voz” da Prefeitura há 40 anos

Ao fazer contato com o 3599-8600 para buscar informações de algum setor na Prefeitura, sempre tem uma voz feminina tranquila para atender. E assim é, por quase 40 anos. Esse é o tempo em que Esmeralda Fick, a Esmê, é servidora da Prefeitura de Sapiranga. Sua admissão ocorreu em 17 de agosto de 1982. “Passei por outros setores também como o cadastro imobiliário e a assistência social, mas a maior parte do tempo é como telefonista”, detalha Esmeralda.

A oportunidade de falar como milhares de sapiranguenses ao longo de todo esse tempo, mas sem saber quem está do outro lado da linha é um dos fascínios que Esmeralda tem pela profissão. “É uma experiência boa e diferente por não saber quem está do outro lado. Muitas vezes a gente recebe elogios, críticas também, mas sempre procuro fazer o melhor”, comenta. “Mesmo sem conhecer as pessoas, eu procuro me colocar do outro lado para prestar o melhor atendimento. Inclusive já tiveram pessoas que vieram aqui nos conhecer, saber quem nós somos”, acrescenta.

Com 60 anos recém completados em janeiro, já aposentada há nove anos, Esmeralda não tem pretensões de deixar a atividade. “Para mim, aqui é minha segunda casa. Eu passei muitos anos mais tempo dentro da Prefeitura do que na minha própria casa. Me sinto viva aqui dentro e não sei quando vou parar”, enaltece Esmeralda.

Convivência harmoniosa com colegas e administradores

Esmeralda exalta o fato de sempre ter tido uma relação de profissionalismo e respeito com os colegas de Prefeitura e também com os diferentes prefeitos.

Ao longo de 40 anos, Esmeralda teve a oportunidade de passar por diferentes administrações e conhecer diferentes companheiros de trabalho. “Cada colega tem seu jeito, cada administração teve seu método. Umas foram boas, outras nem tanto. Graças a Deus eu nunca tive problema com ninguém. Eu sempre fui muito franca”, comenta. “A minha relação com os colegas sempre foi muito boa. Pode ser que tem alguém que não goste de mim, mas isso eu já não sei. Eu sempre respeito todos”, acrescenta Esmeralda.

Quando começou sua carreira de telefonista, Esmeralda trabalhava na extinta CRT como funcionária cedida pela prefeitura. E a facilidade que se tem hoje para atender e transferir uma ligação, nem sempre existiu. “Eu trabalhei atendendo nos pinos com o telefone de disco. Depois foi com telefone sem discagem, com botão. Em seguida veio o PABX e hoje estamos no sistema atual”. Com o avanço da tecnologia e a companhia de estagiários, Esmeralda nunca teve problema para se adaptar. “Eu ensino eles no telefone e eles me passam a tecnologia, nunca tive problema para aprender”, comenta Esmeralda e finaliza exaltando tudo o que a Prefeitura lhe proporcionou nessas quase quatro décadas de trabalho no serviço público. “A Prefeitura representa muito na vida. Comecei aqui com 20 anos, consegui adquirir minha casa, criei meus filhos. Tudo com o trabalho aqui”, celebra.