Sapiranga 67 anos: Cidade já foi conhecida como a “Capital do Rock no RS”

Banda Kúria

Com influência do rock mundial dos anos 70, bandas e festivais começaram a surgir. Visto que o maior festival da época aconteceu em Sapiranga, onde inúmeras bandas e pessoas de diversos lugares do Brasil e do exterior foram ao município participar e prestigiar a música, a cidade passou a ser conhecida como a “Capital do Rock no Rio Grande do Sul”.

 

Já a primeira banda a surgir no município foi a “Verde Maduro”, nos anos 80. Formada por Marco Lima, Paulo Gordo, Evaldo e Candemil (vovô) e após, muitas outras “bandas de garagem” apareceram, intensificando a cultura do rock na cidade. E continuam até os dias atuais.
Para Mirco Coronetti, o Rock e o Voo Livre tornaram Sapiranga um ponto de referência no Rio Grande do Sul. “Com certeza é a cidade com mais bandas desse gênero na região e, provavelmente, no estado. Essas bandas acabam movimentando o comércio musical, escolas, bares, cervejarias, festas e espaços culturais, além de ajudar no desenvolvimento pessoal de vários jovens”, comenta ele, que idealizou, no começo da pandemia, a Sacada do Mirco.

A Sacada do Mirco

Surgindo em 2020, no início da pandemia, a Sacada do Mirco foi criada com a intensão de entreter e também dar visibilidade aos artistas locais, uma vez que as apresentações passaram a ser frequentes e transmitidas ao vivo.
“Como estava proibido eventos, trouxe o bar e os músicos para minha casa”, comenta Mirco.
A Sacada do Mirco reuniu mais de 100 músicos ao longo dos últimos anos. Com a abertura de bares e eventos públicos, ela chegou ao fim. “Decidimos parar para que as pessoas prestigiem os artistas nos comércios locais”, finaliza.

O retorno para novas e boas histórias: banda Kúria

Criada nos anos 90, a banda sofreu um hiato de alguns anos e volta aos palcos da região

O cenário do Rock em Sapiranga sempre foi, indiscutivelmente, um dos maiores da região. Muitas bandas surgiram, e continuam surgindo no município. Uma delas é a banda Kúria.
Criada no início dos anos 90, a Kúria é, originalmente de São Leopoldo, porém, com Luciano “Sapiranga”, Rômulo Prezzi e Sandro Seixas sendo de Sapiranga, a sequência dos ensaios foi realizada na cidade. O leopoldense Guilherme Würth e o hamburguense Vagner Silva também faziam parte. Tempos depois, Itamar Pelizzaro assume o lugar de Luciano.
Nos anos de 2000 e 2002, a Kúria lançou dois discos, o “Met me in the Stars” e “Boas Novas”, mas, em um determinado tempo, a banda decidiu que era hora do fim. Agora, anos mais tarde, estão de volta! Com a reestreia sendo no Natal na Praça de Sapiranga em 2021, sua formação segue a mesma de 20 anos atrás. Sandro Seixas assume o vocal, Rômulo Prezzi a guitarra, Guilherme Würth o baixo, Vagner Silva os teclados e Itamar Pelizzaro a bateria.

Durante seu período de hiato, os integrantes da banda seguiram se desafiando e trilhando novos caminhos. O vocalista formou uma nova banda, a Katana, investiu na carreira solo e veio a se tornar vereador do município em dois mandatos. “Agora meu foco é outro. Política é algo que faz parte do passado e estou mais incumbido a fazer coisas relacionadas a música”, comenta Sandro Seixas.
Já o guitarrista, que vive há mais de 30 anos da música, viu sua carreira ser “preenchida” com a banda Jack Brown. “É um trio de rock brasileiro, onde além de tocar guitarra, descobri a minha veia de cantor. É o trabalho que realmente se tornou o meu sustento de uma forma mais sólida”, comenta Rômulo.
Quando perguntados sobre o que motivou a volta da Kúria, o vocalista e o guitarrista têm respostas semelhantes. “Foi justamente a saudade de rever os grandes amigos e voltar a sentir a vibração que a música sempre nos trouxe como banda”, comenta Rômulo e finalizando, Sandro Seixas diz: “Voltamos para fazer novas e boas histórias”.