Sapateiros buscam repor perdas inflacionárias

Reposição | Período é de dissídio entre os sapateiros e sindicatos iniciam discussões com a patronal para reaver perdas

Região – Os sindicatos dos sapateiros de Campo Bom e Sapiranga (que abrange ainda Araricá e Nova Hartz) deram início neste mês às discussões para que ocorra a reposição salarial da inflação de 2015 (que ficou em 10,67%). O setor calçadista é um dos principais da região e emprega mais de 21 mil trabalhadores.

Com realidades distintas, o primeiro sindicato a formalizar o pedido de dissídio da categoria foi o sindicato campo-bonense. Em assembleia foi referendada a proposta de reposição da inflação (10,65%) e mais um aumento real de 5%. Anteriormente, o Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom havia conquistado 5,1% de antecipação salarial.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Júlio Lopes da Luz, que está no exercício da presidência, o aumento real é a principal reivindicação, mas há várias cláusulas que fazem parte da pauta de reivindicações da negociação coletiva 2016.

Em Sapiranga, o presidente do sindicato, Júlio Cavalheiro, destaca que a articulação com o Sindicato Patronal terá início em breve. “Nossa assembleia ocorre em 14 de julho e até 25 de julho enviamos a pauta de reivindicações para a patronal”, explica.

Direção avalia momento de crise

Para Júlio Cavalheiro, a economia brasileira não está favorável, mas na sua avaliação, os sapateiros enfrentaram momentos mais difíceis. “Passamos por crises mais fortes que esta. O momento não é bom. Porém, a Francal tem registrado boas vendas e o setor calçadista não tem registrado um grande nível de desemprego”, pondera.

Para as próximas semanas, os sapateiros intensificarão a coleta de assinaturas junto aos trabalhadores para ampliar o apoio à causa.