Samu atendeu quase 2 mil chamados da comunidade de Sapiranga em 2020

Taiane Fão Alves e Marcelo Schmidt são alguns dos socorridas do Samu de Sapiranga (Fotos: Melissa Costa)

Sapiranga – Há mais de uma década, o município conta com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Inaugurado em 7 de setembro de 2006, o Samu é direcionado para atender os chamados de traumas, como acidentes de trânsito e quedas e atendimentos clínicos, maioria pedidos de ajuda domiciliares, como parada cardíaca o outras situações de risco e que necessitam do suporte da equipe de socorristas. “Basicamente, tudo que envolve urgência e emergência”, pontua a responsável técnica da equipe, enfermeira Elisiane de Oliveira Machado.
Para acionar o Samu, é necessário ligar para a central no telefone 192. Nela, o morador de Sapiranga passará as informações sobre o que está acontecendo e, na sequência, a equipe será deslocada ao endereço. A base do Samu de Sapiranga fica localizada nas esquinas das avenidas Mauá e João Correa, no Centro do município.

Em casos necessários

A responsável técnica pelo Samu faz dois pedidos para a comunidade. Em algumas situações graves, em que minutos podem fazer a diferença entre a vida e morte de um paciente, qualquer chamado que não seja urgente pode prejudicar, assim como os “famosos” trotes, que são realidade em praticamente todos os serviços de emergência e segurança pública. “Nossa equipe está formada para atender a comunidade, para prestar suporte nos casos de urgência e emergência. Pedimos nos casos em que as pessoas conseguem ir até o serviço de atendimento, elas não solicitem o Samu. Somos um serviço de urgência e emergência, quando somos acionados para uma situação que não seja grave, podemos deixar de salvar a vida de alguém”. Sobre os trotes, Elisiane conta que, infelizmente, eles ainda existem. “A triagem é feita por telefone, evitando muitas vezes o deslocamento desnecessário, mas pedimos que a comunidade não faça isso; uma brincadeira pode prejudicar alguém em situação grave”.

Chamados com mais frequência

Assim como em todos os serviços de saúde na pandemia do coronavírus, com o Samu não está sendo diferente. A rotina da equipe foi alterada, os chamados estão ocorrendo com mais frequência, a saúde da população está mais fragilizada e, com isso, os atendimentos clínicos elevaram. Em 2020, foram atendidos 1.948 chamados, sendo novembro o mês de maior demanda, quase 200. Em 2021, em janeiro foram 172 e, em fevereiro, outros 160. “É um serviço essencial e, com a pandemia, aumentou muito o número de atendimentos clínicos. Os pacientes desestabilizam muito rápido”, conta Elisiane.

Superação de todos

O período de pandemia, que já ultrapassa um ano, desde o seu início no mês de março de 2020, também está sendo de superação para a equipe. “Os plantões estão mais desgastantes, mas fizemos um juramento: estamos aqui para isso e fazemos esse trabalho com amor e dedicação”. Os atendimentos dos pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19 exigem também protocolos e cuidados especiais e ainda maiores por parte da equipe. “Precisamos nos equipar para não nos expormos e não expor o outro. Torcemos para tudo isso passar e reiteramos o pedido de cuidado a todos”, afirma Elisiane.