Cobrança | Liderança buscará explicações junto à direção da estatal
Região – Sem os investimentos ao longo da RS-239 cobrados pelas lideranças regionais nos últimos anos, o dinheiro pago pelos mais de oito milhões de usuários que passaram pelas cancelas do pedágio de Campo Bom em 2014, acaba retido na conta bancária da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Levantamento mostra que em 2014, a EGR arrecadou mais de 19 milhões de reais e contabilizou despesas de pouco mais de R$ 13 milhões, ou seja, obteve um lucro aproximado de R$ 6 milhões.
Para cobrar respostas do novo governo e do novo diretor-presidente que assumiu a estatal, o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Bom, Alexandre Hoffmeister (PP), se reunirá nos próximos dias com o responsável pela EGR, Nelson Lidio Nunes, para cobrar explicações sobre os pontos mais debatidos pelos moradores da região: os investimentos na RS-239.
Necessidades urgentes
Alexandre Hoffmeister destaca a ausência de passarelas em pontos cruciais (como na Vila Brito) e a existência de retornos em excesso, como pontos que precisam ser repensados de forma urgente. “O km-19, na divisa com Novo Hamburgo e o km-22 são problemáticos e registram mortes seguidas. Foram encaminhados diversos ofícios e nunca providenciaram nada”, explica o vereador.
Como forma de pressionar a direção da EGR para os problemas existentes na RS-239, o vereador revela que está separando documentos com pedidos de melhorias encaminhados em outros anos para a estatal, com a intenção de sensibilizar a direção da urgência das melhorias que se fazem necessárias de Campo Bom à Nova Hartz.
Multipassagem entra em vigor na RS-239
Desde fevereiro deste ano, a segunda passagem no mesmo sentido, na RS-239 em Campo Bom é gratuita para os usuários. Chamada de Multipassagem, a EGR contabilizou 30.824 ocorrências de gratuidade. Quem sair de Nova Hartz, por exemplo, em direção à Novo Hamburgo e pagar R$ 2,40, quando voltar ao município, continua pagando a segunda pasagem. Somente a terceira passagem dá direito à gratuidade.