Sapiranga – Quem também não parou de atender desde que a chuvarada iniciou na sexta-feira (8), foi a Defesa Civil e a Secretaria de Obras do município. O responsável pela Defesa Civil, Sírio Baum, relatou a pouco que recebeu mais de 45 ligações solicitando auxílio após o verdadeiro dilúvio que atingiu o município. Locais centrais como a Avenida 20 de Setembro nas proximidades da UPA e da Paquetá, novamente, ficaram submersas tamanha a quantidade de chuva registrada pelas instituições meteorológicas: foram mais de 100 milímetros em poucas horas.
Até às 5h30 da manhã deste sábado, a Defesa Civil atendia as situações mais adversas, como os alagamentos no Loteamento do Flavinho, no bairro São Luiz. Na região da APAE, de Sapiranga, na Rua João Luderitz, a água atingiu cerca de um metro de altura. Outros dois locais que inspiraram atenção das autoridades foram na Rua Dale Coutinho, no bairro Oeste, e na Rua Barra Velha, no bairro São Luiz. A Secretaria de Obras trabalhou no conserto de um buraco que abriu na Av. 20 de Setembro, na limpeza de ruas e avenidas em quase todos os bairros sapiranguenses. Em locais pontuais, um caminhão hidro-jato foi utilizado para desobstruir canalizações. “Mas, o problema maior foi o alto volume de água que se repetiu em outros municípios”, explicou Eduardo Freese.
Queda de muros outra consequência da chuvarada
Pouco depois da meia-noite, a Defesa Civil foi acionada para auxiliar na queda de um muro de uma residência na Rua Dale Coutinho. Um deslizamento de terra forçou e derrubou o muro, interrompendo o trânsito interno dentro da propriedade e deixando, de certa forma, os moradores encurralados na própria casa. Marcos Broges, 25 anos, estava na casa no momento da queda. “Foi um susto, mas a Defesa Civil veio aqui e auxiliou doando quatro metros de lona”, explicou o jovem. Na tarde deste sábado (9), ele tentava desobstruir o acesso e saída da sua propriedade.
Rua Barra Velha com a situação mais adversa
A situação mais delicada ocorreu na Rua Barra Velha. O muro de uma residência caiu no pátio da residência ao lado, mais que fica no mesmo terreno, e soterrou um automóvel de familiares que estavam de passagem no loca. “O ruim é que o proprietário não possuía seguro”, relatou o responsável pela Defesa Civil de Sapiranga, Sírio Baum. Devido ao alto risco de desabamento das residências, a Defesa Civil lacrou o locou e indicou que as famílias procurassem a casa de familiares para passar as próximas horas.
A chuva, em Sapiranga, alagou diversos regiões dos bairros Floresta, na região do Parcão, na esquina das ruas Duque de Caxias com a Av. Mauá, a Rua 10 da Cohab, entre outros locais.
Situação de Araricá e Nova Hartz
No município, a Secretária de Obras trabalhava neste sábado (9), na recuperação de três ruas que foram afetadas pela violência da água. A Rua Luiz Sparremberger, a Rua Martim Raschke e a Rua Ivo da Costa, no término da Porto Palmeira, e que serve de acesso para chácaras naquela região. Em Nova Hartz, conforme voluntário do Corpo de Bombeiros, a chuva não gerou grandes reflexos e a situação foi tranquila deste a noite da última sexta-feira.
Fotos: Jornal Repercussão, Defesa Civil e Secretaria de Obras de Sapiranga