Sapiranga – Uma manifestação popular na RS-239, em trecho do município de Sapiranga, demonstrou a preocupação da comunidade local com a falta de investimentos e melhorias no trecho da rodovia e em seus acessos. Ausência de sinalização adequada, falta de viadutos e passarelas, foram reivindicados. Os participantes também trouxeram mensagens de conscientização para motoristas a fim de reduzir as chances de acidentes por imprudência e lembraram as recentes mortes em acidentes. Foram três em menos de uma semana na rodovia. O grupo de participantes bloqueou a pista no sentido Nova Hartz/Sapiranga, pouco depois das 18 horas de sexta-feira (6), durante aproximadamente meia hora.Entre as lideranças políticas engajadas estavam os vereadores petistas Rita Della Giustina e Egon Kirchheim.
Local de uma das mortes na rodovia neste ano e cenário de outros diversos acidentes graves, o ingresso para o bairro Amaral Ribeiro, de quem chega no sentido Campo Bom/Sapiranga, também foi fechado de forma simultânea durante o ato. A sinalização confusa ou mesmo a falta dela é apontada pela comunidade como um dos fatores para acidentes na região.
Protesto não é novidade
Esta não é a primeira vez que os manifestantes clamam por mais segurança na RS-239 em Sapiranga. No fim da tarde de 7 de agosto de 2017, um grupo ficou concentrado próximo ao pórtico das asa-deltas, no km 25 da rodovia. Eles permaneceram no trecho impedindo o trânsito por alguns minutos. O protesto reuniu vereadores petistas, lideranças comunitárias, além de entidades sindicais como a Federação Democrática dos Trabalhadores na Indústria do Calçado, do Sindicato dos Sapateiros e o Sindicato dos Metalúrgicos. Entre as solicitações da época, estava a construção de passarelas, pois nos últimos meses, o trecho sapiranguense da rodovia registrara diversas mortes por atropelamento. Outros manifestantes também solicitavam redução de velocidade no trecho do perímetro urbano. De lá para cá, pouca coisa mudou na rodovia. Somente para o segundo semestre deste ano está previsto a entrega de uma passarela.
Opinião de moradores
Maria Eleti Farias, 47, professora.
“O objetivo deste ato em prol da vida é chamar a atenção das autoridades para que elas tomem providências e acabem com a insegurança que existe nesse e em outros trechos da mesma rodovia.”
Tauana Vargas, 20, calçadista.
“Moro aqui perto (do quilômetro 30) e já presenciei diversos acidentes que aconteceram nesse trecho aqui no Amaral Ribeiro. É preciso que algo urgente seja feito para acabar com o número de acidentes e de mortes na rodovia”.
Michele Severo, 14, estudante.
“Esse trecho aqui da RS-239 é muito perigoso. Algo precisa ser feito de forma urgente para evitar que mais acidentes com morte aconteçam. Há muitas crianças que moram às margens aqui perto da rodovia”.
Texto: Fábio Radke