Risco de apagão no transporte público de Sapiranga volta a ficar eminente

Sapiranga – Quem utiliza o transporte público e os ônibus da Transportes Klein e da Citral, diariamente, corre o sério risco de não contar mais com o serviço. Sem concessão do transporte público, com tarifas defasadas (segundo as empresas) e a concorrência predatória dos motoristas de aplicativo e ilegais, as empresas anunciaram que a partir do dia 27 de julho deixam de circular no município.

Diante do cenário de descontinuidade do serviço a procuradora Geral do Município, Ariane Pereira, explicou os passos que a Prefeitura tem buscado em diferentes esferas: “Fizemos uma petição pedindo a dilação (ampliação) dos prazos para o serviço ter continuidade e não ser interrompido no dia 26. É impossível lançar uma licitação em pouco tempo e em meio a uma pandemia. Paralelamente a isso, pois não sabemos se o juíz aceitará, estudamos a possibilidade de um contrato emergencial. Inclusive, estudamos com auditora do Tribunal de Contas uma forma de lançar esse contrato emergencial”, explicou Ariane.

Confira o que as empresas argumentam no caso

A preocupação da assessora jurídica que representa o município é de não deixar a população sem transporte público: “O transporte é um bem essencial, pois o Município não tem condições de fazer esse trabalho, com certeza, a opção mais adequada é um contrato emergencial. Desde que a administração assumiu, foram cinco tentativas de licitação nesta área”, revelou a procuradora.

O Repercussão, insistentemente, procurou a Citral, mas a direção não se posicionou sobre o caso até o fechamento desta edição.

Por sua vez, a Transportes Klein, reforçou pontos já explicitados em outras oportunidades: “No final de 2018 Sapiranga ganhou uma liminar para que as empresas Transportes Klein e Citral continuassem a prestar os serviços de transportes de passageiros mesmo com contratos defasados, com o argumento de que iria abrir nova licitação. A Transportes Klein peticionou no processo informando que não teria mais condições de prestar os serviços (ausência de contrato válido, tarifas defasadas, atrasos, negligência do Município, etc). O juiz deferiu o pedido, mas, em razão da pandemia, disse que continuassem por 60 dias, contados de 25/05 para o Município se organizar e tomar providências que não havia tomado em todo esse tempo”, relembrou a diretora Clair Klein, reforçando que a Klein pretende peticionar informando que não tem mais como cumprir os horários, mas que poderia, mediante contrato emergencial e pagamento, manter mais 60 dias de serviço.