Reserva Ecológica de Sapiranga foi alvo de vândalos no dia 20

Em um recente ato de vandalismo, um dos locais mais visitados da região foi pichado por um casal. No dia 20 de fevereiro, visitantes do espaço foram até a 5ª cachoeira da Reserva Ecológica Picada Verão e realizaram pichações em um dos paredões da cascata.

 

A reserva existe há mais de três décadas e nunca havia sofrido qualquer ato de vandalismo, seja por visitantes ou invasores. “Aberto ao público 32 anos. Jamais ocorreu algo assim”, compartilha a sua revolta o proprietário do local, Paulo Roberto Amaro. “Ficamos indignados com o ocorrido e sentimento de desrespeito com a natureza que tanto cuidamos e preservamos”, explica Paulo, contando, ainda, que os responsáveis pela ação já conheciam o local e que, por isso, o ato já teria sido planejado. “Eles são de Porto Alegre e tem vindo com grupos de turismo em ônibus de excursão. Já tínhamos visto eles em outros dias. Crime premeditado”.

No domingo em que aconteceu o episódio, um dos Guarda Vidas da reserva sentiu o cheiro de tinta e descobriu a pichação que havia sido feita. Logo após, a Brigada Militar chegou ao local e os jovens foram encaminhados para a Delegacia de Polícia, onde foi registrado o boletim de ocorrência.

“Esperamos que o susto sirva para assustar”, comenta o proprietário após o episódio

O ponto onde houve a pichação já foi apagado, mas a lembrança ainda é lamentada pelo proprietário Paulo Amaro. Conforme ele, as punições para quem realiza este tipo de ação devem ser aplicadas. “Esperamos que o susto sirva para educar”, finaliza o proprietário.

No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio manchar edificações ou monumentos.

Recebendo a atenção do município

A preservação dos ambientes ecológicos é uma das preocupações da Administração de Sapiranga. Apesar de se tratar de um retiro privado, o fato do local estar inserido nos pontos de conservação do Morro Ferrabraz mobiliza a Secretária Municipal de Meio Ambiente, conforme cita o secretário Ederson André Klein. “Apesar do fato ter ocorrido dentro de uma propriedade privada, a mesma está inserida na Unidade de Conservação ARIE do Morro Ferrabraz. O fato ocorrido vai contra os objetivos de preservação previstos em lei específica”. Ainda conforme o secretário, situações como essa devem ser evitadas ao máximo, para que os locais de preservação do município sejam zelados e tratados da devida forma. “O sentimento é de repúdio com o ocorrido, pois temos a obrigação de adotar práticas preservacionistas a fim de manter as nossas belezas naturais para que as futuras gerações também consigam desfrutá-las”.

Em Sapiranga, a Lei Municipal nº 6.706/2021, prevê multa para quem realizar quaisquer atividades ou adotar conduta em desacordo com os objetivos da unidade de conservação (UC).