Repercussão na Escola estimula a produção textual na sala de aula

Sapiranga – Em sala de aula, o Jornal Repercussão se consolida como uma ferramenta de estímulo à leitura e ao desenvolvimento da oralidade junto aos estudantes. Além de possibilitar trabalhos individuais de interpretação em sala de aula, agora, através da iniciativa das professoras da rede municipal de ensino, é possível constatar um intercâmbio entre estudantes de escolas diferentes em exercícios pedagógicos propostos pelas professoras.

E um dos exemplos vem das escolas municipais de Ensino Fundamental Anita Lydia Wingert, do bairro São Luiz e da Maria Emília de Paula, do bairro Vila Irma. Recentemente, a professora de Língua Portuguesa, Cláudia Oliveira Bencke, propôs aos estudantes exercícios de leitura, oralidade e produção textual com traços mais desafiadores. “Propus um intercâmbio linguístico entre os alunos com a troca de imagens de notícias entre diferentes turmas das duas escolas. Destinamos recortes de fotografias de notícias, sem o texto, de uma escola para outra. Os estudantes que receberam as imagens foram desafiados a produzir um texto jornalístico sobre essa imagem”, contextualiza a professora Cláudia.

Por dentro do passo a passo

Ao fim da atividade, o que foi escrito volta à escola de origem para os estudantes compararem o que foi produzido com a notícia. “Dessa forma, estimulamos a produção textual e a troca de ideias entre as duas turmas. Eles também comentam sobre os aspectos positivos e negativos da notícia, e nas reportagens sobre violência (caso do ex-monitor da comunidade terapêutica) os estudantes lamentam e ficam tristes com estas situações”, pondera a professora. O projeto Repercussão na Escola é apoiado pela Secretaria Municipal de Educação de Sapiranga.

Estudantes comentam

Júlia Furtado de Araújo, 12 anos,
“Escolhi uma reportagem sobre o corte de árvores em Sapiranga. Comentei sobre o lugar, o que aconteceu, o dia, expliquei o que ocorreu e respondi as perguntas (o que, quando, onde, como e porque). Selecionei a imagem e respondi olhando os detalhes. Agora, o material será enviado para a outra escola.”

 

 

 

Lindsey Ohana Duarte Freiquini, 11 anos
“A morte de um ex-interno de uma comunidade terapêutica foi a que escolhi. Me indignei bastante, pois havia maus tratos contra seres humanos. Isso é errado e todas as pessoas merecem ser bem tratadas. Não gostei muito das atitudes das pessoas da clínica.”

 

 

 

Elias da Silva Müller, 11 anos
“Me despertou a atenção a reportagem das árvores podres e que estão retirando para evitar acidentes. Se realmente plantarem outras árvores não vejo problema, pois elas poderiam cair mesmo e machucar as pessoas.”

 

 

 

 

 

Professora e estudantes valorizam atividades

Não são apenas os professores que valorizam a utilização do Repercussão na sala de aula. Os estudantes também destacam a possibilidade de contar com o jornal e descobrirem fatos novos. “Acho interessante receber o Repercussão na escola. Ficamos mais por dentro das notícias e do que está acontecendo”, avalia a estudante, Júlia Furtado, de 12 anos.

Esta opinião também é compartilhada pela colega Lindsey Duarte. “A maioria das pessoas fica só no telefone e não olha notícias. Considero legal ver as notícias e ficar sabendo o que está ocorrendo no nosso município. Muitas pessoas estão mais na internet e não olham jornais. E gostamos de ver notícias, tem gente que só olha as imagens e logo troca de página. Alguns não, lêem a notícia inteira e refletem”, comenta Lindsey.

A professora Cláudia Furtado Benke conclui reforçando que o principal objetivo da atividade proposta com os estudantes foi a troca de informações e experiências. “A faixa etária é a mesma: dois sextos anos. Busquei desenvolver o senso crítico envolvendo quatro turmas e cerca de 100 estudantes”, conclui a professora.