Rendimento financeiro é devolvido por Sapiranga

Durante a votação do projeto de lei 75/2021, na Câmara de Vereadores, declarações de vereadores da base do governo geraram desconforto e contrariedade do ex-prefeito de Sapiranga, Nelson Spolaor (PT). A proposta em discussão analisava a abertura de crédito suplementar de R$ 570.188,60, sendo que deste total, R$ 124.970,25 eram relativos ao termo de compromisso firmado, em 2007, entre a Prefeitura e o Ministério do Desenvolvimento Regional para a construção de 110 unidades habitacionais (Uhs) e projetos de infraestrutura no Loteamento Morada São Luiz.

Em determinado momento da votação e após a análise da proposta, os vereadores Valmir Monteiro (PTB), Marconi Ebert e Olivia Steigleder (ambos do PP), disseram que o valor de R$ 124.970,25 relacionada a suplementação era, na realidade, uma devolução de recursos próprios que a prefeitura necessitou fazer, em razão da não localização de casas populares construídas na gestão do ex-prefeito. “O projeto está dizendo que temos que devolver um dinheiro que veio, em 2007, então é importante a comunidade ficar atenta e realmente fiscalizar. É bastante dinheiro (R$ 122 mil) e não localizamos. Enfim, isso era do governo do Nelson Spolaor”, citou Marconi Ebert (PP). Contatado após a sessão, Marconi disse que neste último convênio (a construção das 110 Uhs) só foi possível fazer a prestação de contas com ordem judicial e isto impossibilitou o remanejo de recursos, e por isso, é necessário devolver valores.

Nelson Spolaor procurou o Grupo Repercussão e rebateu. “Os vereadores da base estão mentindo. Esse montante de R$ 124.970,25 são de rendimentos/juros de um contrato que eu fiz, em 2007, que fizemos as casas lá na Morada São Luiz. Estão lá todas as casas. Fizemos o Centro Comunitário e fizemos pavimentação asfáltica da Rua Tenente Pinheiro e Elis Regina. Esse contrato teve vigência até 2020. Para fechamento do convênio, o Ministério exigiu a devolução do recurso gerado pelos juros”, rebateu Spolaor.