Região terá UTI neonatal junto ao Hospital Sapiranga

Sapiranga – Um ganho extraordinário para a saúde do Vale do Sinos foi anunciado pelos diretores do Hospital Sapiranga com exclusividade ao Jornal Repercussão nesta semana. Isso porque, a Sociedade Beneficente Sapiranguense, entidade responsável pela administração do hospital, revelou que a prioridade dos gestores neste ano é viabilizar o futuro atendimento de recém-nascidos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal (em fase de implantação).
Com isso, o Hospital Sapiranga, a partir de 2015, se transformaria em instituição referência para outros municípios e hospitais em casos de gestações e partos de alto risco. A diretora do Hospital, Elita Herrmann, afirma que o projeto arquitetônico foi aprovado pela Vigilância Sanitária Estadual, e agora, a direção do Hospital está preocupada na elaboração dos projetos complementares. “Necessitamos desenvolver os projetos hidráulicos, de climatização, gases e da parte elétrica. Somente com a conclusão destes itens é que teremos uma noção exata de quanto de recursos serão necessários para a sua conclusão”, revela Elita.
Inexistência de UTI neonatal gera transtornos
Nos últimos meses, o caso mais emblemático e de grande repercussão no Vale do Sinos foi o episódio que envolveu o recém-nascido, Bernardo Bender Leste – que acabou morrendo antes de ser transferido para um hospital com UTI neonatal. Quando há necessidade de obter um leito para casos graves e que necessitam deste tipo de atendimento, ocorrem verdadeiras operações de salvamentos nas famílias atingidas por esta deficiência na estrutura pública de saúde. Quando não há leitos vagos, a única forma de obter uma internação em casos exepcionais (como foi o caso de Bernardo) é recorrer à justiça. Atualmente, o Estado possui mais de 507 leitos de UTI neonatais. Porto Alegre possui mais de 213 leitos e Novo Hamburgo outros 27. A cada 100 partos, cerca de dez são de recém-nascidos prematuros e que necessitam de uma UTI neonatal.
Deputado destina emenda para equipamentos
Equipando o hospital
Para dar condições de funcionamento à futura UTI neonatal do Hospital Sapiranga, a direção solicitou a destinação de uma emenda parlamentar ao deputado federal, Renato Molling (PP). Através de um recurso de R$ 500 mil do deputado – que está em análise no Ministério da Saúde, em Brasília – será possível comprar incubadoras e ventilador pulmonar para  a UTI.
Hospital regional
O presidente do Hospital Sapiranga, João Wolff, destaca que a necessidade dos hospitais é ter profissionais bons e qualificados para o atendimento. “Se fala muito no Hospital Regional, mas ele sozinho, não resolverá o problema. As prefeituras não têm recursos para colocar no projeto e sabemos que todos os hospitais necessitam de recursos públicos”, diz.
Mais leitos de UTI
Para o médico-responsável do Hospital, Eduardo Baibich Melnick, a necessidade da UTI neonatal é vital devido ao crescimento do número de partos. “Aqueles que nascem prematuros ou com alguma doença, precisam enfrentar a falta de leitos. Se soma a isso a logística arriscada, onde é necessário percorrer longas distâncias. A UTI desafogaria o Vale e daria suporte até para a região serrana”, conclui.
Equipe
Para oferecer o atendimento de UTI neonatal no Hospital Sapiranga, a diretora, Elita Herrmann, prevê a contratação de médicos neonatologistas 24 horas, quatro enfermeiros, 22 técnicos de enfermagem, entre outros profissionais.
A contratação será direta entre o Hospital e estes novos profissionais.