Região – A média diária de atendimentos do Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu 192) em Campo Bom e Sapiranga é de 12 chamados. Implantado pelo Governo Federal em 2003, o serviço realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas.
Mas, um detalhe tem deixado contrariados os responsáveis pelas secretarias de saúde e prefeitos da região: os recursos para o funcionamento deste serviço não cobrem os custos.
Em razão desse problema, as prefeituras precisam ajudar a custear o serviço. Em Campo Bom, por exemplo, a Prefeitura assegura investir R$ 360 mil anuais só no pagamento de salários do serviço, que também tem no governo do Estado um dos responsáveis pela sua manutenção. Sapiranga não divulgou quanto investe a mais no Samu 192.
Realidades nos municípios
Sapiranga pode ter nova unidade
Com a necessidade clara de recursos municipais a serem investidos em um serviço que deveria ser custeado pelo Governo Federal, as despesas com o Samu em Sapiranga devem aumentar. Isso porque, conforme a Prefeitura, uma nova ambulância do Samu foi repassada do Estado para o município. Atualmente, Sapiranga dispõe de duas unidades: o veículo mais novo foi repassado ao município em julho. A segunda unidade é reserva e atua desde 2008 nos atendimentos. A equipe é formada por um condutor e um técnico de enfermagem. A média mensal de atendimentos fica em torno de 200 por mês. Nas próximas semanas, a antiga sede da Guarda Municipal, passará a abrigar as equipes e a ambulância. O local está recebendo móveis e limpeza.
Nova Hartz e o vazio assistencial
Conforme a Prefeitura, o município se encontra no vazio assistencial por parte do Samu. Entre os motivos que impõe esta realidade é a falta de população para a implantação do serviço. Desta forma, um estudo é desenvolvido junto com a 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Rede de Urgência e Emergência, Apoiadores do QualiSUS/RS para habilitação em conjunto com o município de Araricá ou os municípios que estejam no vazio, sejam atendidos por alguma base regional.
Atualmente, o município possui duas ambulâncias próprias, e uma terceirizada. Além dessas, uma está no conserto. Há um projeto junto ao Estado para aquisição de uma nova ambulância. O recurso de R$ 100 mil está assegurado e foi divulgado em portaria do governo do Estado na última semana.
Atenção
Antes de chegar às bases de Campo Bom e Sapiranga, todo o chamado para o 192 passa por uma Central de Regulação que fica em Porto Alegre. Neste contato os atendentes verificam o endereço do acidente, conferem o estado de saúde da vítima e realizam um protocolo de avaliação, no qual um médico, pelo telefone, ouve do autor do telefonema o estado da vítima e, se for o caso, o orienta a tomar algumas providências que podem ajudar no salvamento. Só depois desse processo – ou enquanto ele se desenrola – é que a base é acionada. O Samu em Campo Bom presta uma média de 3.600 atendimentos anuais e a equipe é formada por 11 profissionais que trabalham em rodiízio.
