Realização de feira itinerante gera descontentamento entre lojistas de Sapiranga

Sapiranga – Uma feira itinerante, que iniciou hoje no município e vai até o domingo (14), gera desconforto entre as lideranças empresariais, poder público e vereadores. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) explica que este tipo de evento prejudica o comércio local, pois não gera nenhum tipo de retorno através de impostos à Prefeitura, não proporciona a garantia de produtos e tão pouco fomenta o crescimento econômico de Sapiranga e da região.

Conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sapiranga, Sérgio Kochem, as feiras itinerantes não geram riqueza ao município, já que não oferecem emprego. “Entendendo que feiras como esta trazem diversas consequências negativas ao consumidor, aos lojistas e ao poder público”, disse o presidente. A CDL entrou com um pedido de suspensão da Mega Feira dos Fabricantes do Brás de São Paulo e 25 de Março e aguarda a decisão da Justiça do município.

Projeto chegou a ser enviado para apreciação na Câmara de Vereadores

Nesta semana, a Prefeitura chegou a apresentar em caráter de urgência na Câmara de Vereadores um projeto de lei regrando a realização deste tipo de feira. Porém, por encontrar inconsistências técnicas, a proposta foi retirada da pauta. Não há prazo para o projeto de lei readequado ir à votação.

Vereadores apresentam sugestões

Conscientes de que este tipo de feira pode afetar o comércio local, os vereadores se posicionaram contra a realização deste tipo de evento e apresentaram sugestões nesta semana na Câmara de Vereadores. “Precisamos valorizar o que é nosso. Quem sabe, para fortalecer o nosso comércio, poderíamos formatar uma feira na Praça da Bandeira, onde os lojistas de Sapiranga venderiam seus produtos com descontos aos consumidores”, sugeriu José Balardin (PTB). “Lojistas me procuraram e cheguei a participar de um encontro na Prefeitura sobre o tema. Acredito que precisamos formatar uma espécie de balcão de negócios, onde os lojistas poderiam vender seus produtos mais baratos”, opina Alvacir Augusto Grooders (o Guto, do PMDB). “Não podemos admitir que empresas e lojas de São Paulo e Santa Catarina venham ganhar dinheiro aqui e nossos empresários percam com isso. Eles pagam aluguel, geram empregos e pagam impostos”, avaliou Sandro Seixas (DEM).