Readaptação e dúvidas sobre retorno às aulas

Por Melissa Costa

Região – O Governo do Estado apresentou um calendário que propõe o retorno gradual e escalonado das aulas a partir do próximo dia 31 para as redes pública e privada. O primeiro nível a voltar seria o Ensino Infantil, enquanto o Ensino Superior retornaria em 14 de setembro, o Médio e Técnico em 21 de setembro, e os anos finais do Ensino Fundamental em 28 de setembro e os anos iniciais em 8 de outubro. Perante a sugestão do Estado, os prefeitos terão autonomia para a palavra final nessa retomada das aulas nas suas cidades.

Entre os profissionais da área e famílias da região, ainda há receio e opiniões adversas. Em Sapiranga, por exemplo, a secretaria de Educação está realizando uma pesquisa com os pais para saber se os filhos seriam levados à escola. No total, são 13 mil alunos – da Educação Infantil ao Fundamental. “Com base nessa pesquisa, vamos nos organizar sobre quantos alunos viriam à escola e, com isso, formar as turmas. Provavelmente, vamos ter que escalonar as aulas entre presencial e à distância. Para as famílias que não optarem pelo retorno, seguiremos com o material à distância”, disse a secretária da pasta, Cláudia Kichler, que não acredita no retorno da Educação Infantil. “Agora, não é o melhor momento para os menores”. Entre a discussão sobre voltar ou não, o município já está investindo na readaptação do ambiente escolar, com compra de álcool gel, termômetros, materiais para a demarcação de distanciamento no chão, máscaras e tapetes adequados. “Quanto às salas, cada escola vai se adequar à sua realidade”.

Em andamento

Campo Bom tem mais de 9 mil alunos e 43 escolas. A adaptação da estrutura física está em andamento. A secretária da pasta, Simone Schneider, conta que já foram adquiridos vários materiais e outros estão em licitação. Já foram comprados álcool gel, máscaras, sabonete líquido, entre outros. Sobre o retorno, Simone opina que este não é o melhor momento. “Principalmente, começando pela educação infantil. Crianças de até 3 anos deveriam retornar mais tarde”.

“É muito precoce”, diz secretária

A secretária de Educação de Nova Hartz, Veronice Zandoná, acredita que agora não é o melhor momento para o retorno da Educação Infantil. Uma pesquisa está sendo realizada com os pais e, inicialmente, de 709 votos, apenas 30% concordaram com a volta às aulas. “É muito precoce, ainda mais com os alunos menores, cuja dificuldade de lidar é muito maior”. Nova Hartz tem cerca de 3 mil alunos da Educação Infantil ao Fundamental. “Acredito que devemos tentar um retorno mais adiante”. Enquanto as aulas ocorrem à distância, mudanças já estão sendo feitas nas escolas. “Bebedouros já tiramos logo e a salas de aulas estamos vendo a questão do distanciamento”.