Projetos de habitação popular em Campo Bom terão recursos estaduais para finalizar casas

Loteamento da Cooperpoli, no bairro Quatro Colônias, em Campo Bom, terá 168 unidades Fotos: Deivis Luz

Campo Bom – Dois empreendimentos na área da habitação popular prometem mudar a vida de 314 famílias campo-bonenses.

 

O projeto que está em ritmo mais adiantado é o loteamento liderado pela Cooperativa Habitacional do Vale do Sinos (Cooperpoli). Situado no bairro Quatro Colônias, junto à Vila Brito, o empreendimento de 168 unidades habitacionais conta com recursos do antigo Programa Minha Casa Minha Vida modalidade entidades (MCMV/Entidades). Ao todo, o projeto receberá um investimento de R$ 13.440,000,00. Em obras desde 2018 a construção atingiu 58,88% de execução e cada unidade terá um terreno de 300 m² (10X30), e a casa, 51,92m² com dois dormitórios, banheiro, sala e cozinha americana.
O segundo projeto, este liderado pela Cooperativa de Trabalho e Habitação Campo-bonense (Cooperbom), contempla a construção de 146 moradias populares. Denominado de Residencial Colina Ritzel, o empreendimento fica no bairro 25 de Julho, junto à Estrada do Mônaco e é construído ao lado da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan. Ao todo, o projeto terá R$ 11.680.000,00 de investimento com recursos federais também obtidos através do MCMV/Entidades.
Por se tratar de projetos antigos da época dos governos do PT a nível federal, as planilhas orçamentárias ficaram defasadas devido ao natural processo de reajustes dos insumos mais básicos, como o ferro e demais produtos essenciais.

Total de 18 empreendimentos no Rio Grande do Sul

Desta forma, como forma de reequilibrar os orçamentos dos projetos, o Fórum Estadual das Entidades e Gestores Públicos (FEEGP/RS) e que representa as cooperativas habitacionais e associações habitacionais, procuraram o Governo Estadual, em especial, o secretário José Stédile.

Ao todo, no Rio Grande do Sul, são 18 empreendimentos de habitação de interesse social em execução dentro do MCMV/Entidades. “O secretário José Stédile sensibilizou-se com as dificuldades que as entidades vêm enfrentando para tocarem suas obras, devido aos desequilíbrios na cadeia produtiva da construção civil, causada pelos efeitos da pandemia da Covid-19”, declarou o coordenador-geral do FEEGP/RS.

Os recursos estaduais que serão direcionados para as entidades atingirá o valor de R$ 5.000,00 por unidade e integram o Programa Avançar nas Obras e Habitação. O repasse ainda depende das avaliações técnicas da Caixa Econômica Federal.

Qualificação dos atores

As entidades contempladas com os recursos não possuem fins lucrativos e não podem fazer caixa ou obter dividendos das verbas públicas obtidas para tirar do papel esses projetos. “Elas buscam a qualificação de seus associados e cooperativados. São 18 empreendimentos em dez cidades do Estado. Nossa estimativa é de que ao término de todos os projetos, talvez em 2023, cerca de 20 mil pessoas sejam contempladas. Em todo o Estado, são cinco mil unidades em andamento. Todos os futuros beneficiados passam pelo cadastramento da Caixa Econômica Federal”, cita Paulo Franqueira, coordenador do Fórum Estadual das Entidades e Gestores Públicos.
O deputado estadual, Faisal Karam, PSDB, disse que o governo estadual se sensibilizou com os projetos e decidiu aportar recursos. “Os planos de trabalho foram aprovados no Estado e todos são projetos importantes”, resumiu.

Unidades sob a responsabilidade da Cooperbom, entre os bairros
25 de Julho e Mônaco