Araricá – Na Escola Municipal Francisca Isabel, os alunos do oitavo ano tiveram recentemente uma aula diferenciada sobre maternidade e paternidade na adolescência. Cada dupla, composta por um menino e uma menina, recebeu um pintinho, no qual a guarda deveria ser revezada a cada uma semana na casa de cada um. O projeto, chamado “Mamãe Botou um Ovo, Maternidade e Paternidade Precoce”, durou 45 dias. Restou somente um pinto vivo.
A professora de ciências biológicas, Keli Bernardes, responsável pelo projeto, explica que o objetivo de dar os pintinhos para as duplas foi ensinar na prática a responsabilidade que envolve ter um filho, envolvendo toda a família do aluno. A professora pretende trabalhar com o projeto novamente no próximo ano. “Creio que atingi minha meta em ensinar as consequências da falta de prevenção e de cuidados com as atitudes, podendo resultar em uma gravidez na adolescência”, disse Keli.
A maioria dos alunos levou o projeto realmente a sério. A aluna Vitória Machado destaca que conseguiu vivenciar uma relação como se fosse de mãe e filho com seu animal, visto que inclusive passou o Dia das Mães com o pintinho, levando-o para passear. Ele recebeu o nome de Enzo Juan.
Com o projeto, os alunos observaram que os pintos que ficavam mais tempo sozinhos durante o dia, tendo menor atenção dos “pais”, foram os que morreram primeiro. Em casos onde a ave convivia com outros pintos, ela teve maior tempo de vida e se desenvolveu mais rápido, como é o caso do único pinto ainda vivo, que mora em um galinheiro. Este pinto foi adotado por outra galinha, que havia ganho outros oito pintinhos, logo que este foi pego para criar pelo aluno da turma.
“Diário de bordo”
Durante o projeto, os alunos também deveriam preencher o “Diário a Bordo”, que se tornou um pequeno livro, onde foi descrita diariamente a rotina do pinto, com recordações, desenvolvimento, fases de adaptação do animal e como era o convívio familiar.
