Profissionais de saúde debatem prevenção do suicídio em atividade

Atenção | Rede de Saúde mental deve ser informada de casos imediatamente

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade e mata mais jovens que o HIV. No Brasil, a morte autoprovocada aumentou em 30% nos últimos anos, entre crianças e adolescentes, na faixa etária de 15 a 19 anos. No Rio Grande do Sul, a cada 24 horas, três pessoas cometem suicídio. Com foco nesta realidade e tratando a morte autoprovocada como um problema de saúde pública, profissionais das áreas da vigilância, atenção básica e da saúde mental do Estado organizaram a atividade “Promoção da vida e prevenção do suicídio”.

A coordenadora da Residência Médica do Hospital Psiquiátrico São Pedro, Roberta Rossi Grudtener, destaca que o suicídio pode ser evitado em 90% dos casos e, por isso, é altamente prevenível. “As pessoas não querem morrer, elas buscam no suicídio um alívio para a dor”, afirma Roberta. Ela explica que em torno de 90% dos casos estão associados a transtornos mentais que podem ser tratados. Nesse contexto, é fundamental avançar na prevenção à morte autoprovocada por meio da capacitação dos profissionais de saúde para que possam atuar de forma efetiva no acolhimento e na escuta qualificada de usuários com ideia suicida. “O combate ao suicídio passa também pelo fortalecimento da rede integral e intersetorial de atenção e por uma mudança cultural, pois a morte autoprovocada ainda é encarada como um tema tabu. Precisamos falar e orientar a população sobre o assunto”, avalia Roberta.

Crédito da foto: Ana Fumegalli

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