Professora de Araricá cria modelo de máscara que permite a visualização do sorriso

Por Henrique Ternus Lamb

Araricá – A professora da área da educação especial, Rosa Amara Pereira, moradora de Araricá, criou um modelo de máscara que permite a visualização da boca, cujo intuito é ver as pessoas sorrirem e facilitar a comunicação de pessoas com deficiência auditiva. Ela contou que a ideia surgiu através da iniciativa da prefeitura de Araricá, que organizou uma gincana para incentivar a população a criar máscaras diferentes como proteção contra o coronavírus. A ação foi divulgada pela prefeitura da cidade na manhã desta sexta-feira (29).

Rosa atualmente é paciente do Hospital Fêmina (HF), em Porto Alegre, e faz um tratamento paliativo para um câncer de mama metastático. Mesmo assim, a professora não parou de sorrir, e foi assim que percebeu que a máscara escondia sua expressão, após tirar uma foto. Como ela atua na educação especial, contatou que a expressão facial prejudicada dificulta a compreensão para pessoas que dependem da leitura labial para se comunicar. “Pelo menos pandemia rima com alegria, então por que não sorrir? O sorriso pode mudar o mundo”, afirmou Rosa. A professora confeccionou as máscaras primeiramente com crochê, mas passou a utilizar o TNT para agilizar a produção, além do acetato, que é transparente e permite a visualização da expressão facial. De acordo com ela, as peças não têm custo, pois são produzidas para quem quiser sorrir. Ela já distribuiu algumas proteções para suas “colegas” de quimioterapia.

A coordenadora de Oncologia do HF, Christina Oppermann, afirmou que a atitude de Rosa é muito positiva. De acordo com ela, muitas pacientes em tratamento paliativo e com a doença controlada podem seguir normalmente com as suas atividades e qualidade de vida, já que, atualmente, existem muitas opções de tratamento. Ela também instrui os pacientes oncológicos a seguirem os exames e tratamentos, mesmo com a pandemia, pois é um processo muito importante no controle da doença.