Principal motivo para guinchar ciclomotores é a falta de habilitação

Sapiranga – Referência no Vale do Sinos, o Centro de Remoção de Veículo (CRD) do município enfrenta uma dificuldade. Com a crescente venda de ciclomotores de baixa cilindrada – as chamadas cinquentinhas – pelas grandes redes de lojas, as autoridades de trânsito têm se deparado, cada vez mais, com cenas rotineiras de infrações de trânsito. E entre as situações mais comuns enfrentadas pelas autoridades policiais em Sapiranga, quando os condutores destes veículos são abordados, estão a falta da Carteira Nacional de Habilitação – CNH – (que é a infranção mais comum), logo atrás vem a inexistência de licenciamento do veículo e em terceiro, o exibicionismo dos condutores, normalmente caracterizada por manobras perigosas (zerinhos e andar sobre uma roda, por exemplo) em ruas e avenidas de grande tráfego nos municípios. Somente em Sapiranga, há mais de 102 ciclomotores no depósito do CRD.

Bolso sente punição
Aqueles condutores de ciclomotores que não respeitam às leis de trânsito acabam punidos e sentem no bolso as consequências.
No Guinchos Dom Pedro – único CRD licenciado pelo Detran em Sapiranga – quem tem o ciclomotor removido para o depósito precisa pagar a taxa de apreensão (de R$ 162,38), além de R$ 20,81 para cada dia que o veículo ficar no depósito.
Robledo Ferreira, sócio do Guinchos Dom Pedro, revela que as apreensões de ciclomotores caíram nos últimos meses. “O ciclomotor é um veículo como qualquer outro e o consumidor deve ter claro que é necessário ter CNH”, destaca.
Regras duras
o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) lembra que os ciclomotores precisam estar registrados e licenciados e o condutor habilitado na categoria A. O ciclomotor apreendido será liberado apenas com a apresentação do CRV/CRLV ou da nota fiscal. Para voltar a trafegar após a liberação, deve-se assinar declaração em que garante que regularizará o veículo.
Cresce venda de motos
Pesquisa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) mostra evolução de 14,2% no comparativo com o mesmo mês do ano passado nas vendas.