Presidente Leandro defende a implantação de um Hospital Regional Federal no eixo da RS-239

 Região – Uma proposta para colocar o Vale do Sinos como um verdadeiro cluster de saúde tem mais uma semente semeada por uma liderança local. O presidente da Câmara de Vereadores de Sapiranga, Leandro Costa (PP), iniciou agendas para sensibilizar diferentes autoridades da necessidade da macro região Vale do Sinos, Campos de Cima da Serra, Encosta da Serra, Vale do Caí e Vale do Paranhana contarem com um Hospital Regional Federal. A estrutura, no seu entendimento, poderia ter as mesmas características dos hospitais federais de Porto Alegre (Conceição, Clínicas, Santa Casa e HPS), mas para atender a população da nossa macro região, reduzindo tempo de atendimento e distâncias, criando uma nova opção de atendimento médico especializado para uma população estimada em quase 500 mil pessoas.

Leandro Costa explicou, recentemente, que conversou com o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Bom, Alexandre Hoffmeister (PP), que colocou toda a estrutura do Legislativo campo-bonense à disposição deste grupo que lutará por um futuro Hospital Regional Federal. “Com a adesão da Câmara de Vereadores de Campo Bom, agora, vamos buscar a adesão da Universidade Feevale, que possui um curso de Medicina. Para as próximas semanas, queremos elaborar um cronograma de futuras agendas com outras lideranças de outras cidades de toda a macro região”, pontua Leandro Costa.

“Esse projeto não será pequeno. Vai ser audacioso”

Jornal Repercussão – Qual seria o formato do futuro Hospital Regional Federal?
 Leandro Costa – A ideia principal é estruturarmos um Hospital Regional Federal nos mesmos moldes da Santa Casa, Conceição, Cristo Redentor e HPS. E o que eles tem de diferente? São mantidos pelo Ministério da Educação e Ministério da Saúde, pois são hospitais escolas. A lógica é essa. O que percebemos é que os hospitais SUS no padrão atual, eles não se mantém economicamente. E, não precisamos apenas fazer um prédio. Temos que dar condições de atendimento para as pessoas. E isso precisa ser a nível federal, pela questão do repasse de verbas. Atualmente, esses são os dois ministérios que têm mais recurso.

 Jornal Repercussão – O senhor estabeleceu um prazo ou um plano de convencimento a médio prazo nesta ação?
 Leandro – Sei que esse projeto não é algo que vou construir sozinho ou em um ano. Não conseguiríamos nem com o dinheiro liberado. Queremos envolver muita gente. Precisamos estabelecer muitas conexões e parcerias. E, uma coisa vai ligando a outra. Quero convidar para esse debate os presidentes dos Legislativos dos 22 municípios das regiões dos Campos de Cima da Serra, Encosta da Serra, Vale do Caí e Paranhana.

 Jornal Repercussão – Por exemplo, a referência para traumatologia, atualmente, da nossa região é Canoas/HPS. A ideia é que esse Hospital Regional Federal absorva alguma referência que hoje está concentrada na região de Canoas/Porto Alegre?
 Leandro – Exatamente. Sapiranga tem referência em Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre. Canoas é para as áreas de traumato e neurologia. Tem cidadãos que estão há três anos esperando por cirurgia. Vou ficar aqui de braços cruzados? Não. tem que fazer acontecer. Antes da pandemia existiam 10 mil cirurgias atrasadas em Canoas. Agora, deve ter muito mais atrasada. A questão é que do jeito que estão nossas referências, as coisas não vão melhorar. E, não tem recurso para tudo. Hospital 100% SUS não se paga. Diferente de um Hospital Federal. Conversa com o Hospital Sapiranga sobre a realidade financeira imposta pela UTI Neonatal, que é deficitária.

 Jornal Repercussão – Quais serão os próximos passos?
 Leandro – Eu e o presidente Alexandre Hoffmeister queremos promover uma reunião presencial, na Câmara de Vereadores de Campo Bom, com uma data para ser definida ainda. Queremos colocar 60 pessoas no plenário. Depois, a meta é reunir os prefeitos(as) e secretários(as) de Saúde de todas as macro regiões. Essa próxima reunião, a ideia é levar para o Salão de Atos da Feevale, que já colocou a estrutura à disposição. Queremos também mobilizar as bancadas dos deputados estaduais e o governador. Depois, quando as ideias estiverem mais consolidadas, aí sim, vamos à Brasília com força e corpo.

 Jornal Repercussão – Economicamente, a construção se daria através da indicação de emendas parlamentares ou através da inclusão de recurso no Orçamento Geral da União?
 Leandro – Essas são as possibilidades. E tem que ser todo recurso federal. Os municípios poderão auxiliar na parte de elaboração de projetos entre outros detalhes.