Prefeitura de Sapiranga anuncia construção de moradias populares

Sapiranga – Após um período de ocupações de áreas (uma pública e outra particular) do município, a Prefeitura de Sapiranga anunciou, nesta quinta-feira (21), um plano para reduzir o déficit habitacional da cidade. A Prefeitura está fazendo dois chamamentos públicos para seleção de empresas do ramo da construção civil para execução de 208 casas em duas áreas adquiridas pela Administração em 2015. O primeiro Chamamento Público encerra nesta sexta-feira, 22 de janeiro, às 13 horas, para empresas interessadas na construção de, no mínimo 122 unidades habitacionais no Loteamento Residencial Asa Delta, no bairro Voo Livre. Já o segundo chamamento é até segunda-feira, 25 de janeiro, às 14 horas, para a construção de, no mínimo, 86 unidades no Loteamento Residencial Voo Livre, no bairro São Jacó.

2015 foi marcado por invasões de áreas em Sapiranga

Em 2015, a Prefeitura de Sapiranga enfrentou duas ocupações de áreas (uma no bairro Amaral Ribeiro e outra no bairro Oeste). A primeira invasão foi liderada pelo Movimento dos Trabalhadores por Direito (MTD), no mês de maio. O local invadido – uma área superior a 10 hectares – pertence à família Molling e foi ocupado por dezenas de famílias. A segunda ocupação ocorreu junto a uma área de preservação ambiental, na Rua São Francisco, no bairro Oeste.

As duas ocupações ainda geram reflexos para a Prefeitura. Pessoas que aderiram na época ao MTD ainda mantêm barracos na Avenida 20 de Setembro. Em outro ponto da cidade, cerca de 60 pessoas que invadiram a área do bairro Oeste, ainda estão alojadas no Ginásio Nenezão, desde o mês de dezembro. Não há previsão para as famílias deixarem o ginásio. A Prefeitura de Sapiranga já notificou as famílias para deixaram o espaço público.

Entenda como ocorrerá a construção das casas

As unidades habitacionais são destinadas a famílias de baixa renda já cadastradas na Secretaria Municipal de Habitação. “São projetos que estamos buscando viabilizar para pessoas que realmente necessitam de moradia e que estão cadastradas em programas habitacionais. Apesar de o governo federal ter reduzido drasticamente os recursos para a área de habitação, nós sentimos que temos a obrigação de encontrar soluções para dar um lar às famílias carentes”, salientou a prefeita Corinha Molling.

O sistema de construção das casas dos dois loteamentos previstos deverá ser com tecnologia inovadora com paredes de concreto pré-moldado ou moldado no local para construção. Os projetos apresentados devem cumprir as exigências do Programa Minha Casa Minha Vida. A infraestrutura dos dois projetos habitacionais prevê abertura das vias com pavimentação, drenagem pluvial, redes de água e de esgoto cloacal, energia elétrica e iluminação pública, pavimentação dos passeios com laje arenito, sinalização e acessibilidade. Na área verde deverão ser implantados playground e equipamentos urbanos, como bancos, iluminação e canteiros, de acordo com projeto aprovado pelo Município. Os dois loteamentos têm, ainda, a previsão, em projeto separado, de implantação galpão de triagem de resíduos sólidos, também de acordo com projeto aprovado pelo Município.

A Prefeitura argumenta, que mesmo com redução de recursos e atrasos em repasses federais, a Administração está fazendo a sua parte na área de projetos habitacionais, buscando soluções para amenizar um já histórico déficit habitacional que se agravou devido à crise econômica que o País enfrenta desde o segundo semestre de 2014.