Prefeitura avalia tombamento da Igreja da Trindade, em Campo Bom

A pedido da Comunidade Evangélica, Prefeitura está avaliação a ideia do tombamento Foto: Divulgação

Campo Bom – Buscando preservar um bem cultural e arquitetônico que integra a história de Campo Bom, a Prefeitura estuda a possibilidade de viabilizar o tombamento da Igreja da Trindade I como patrimônio histórico do município.

 

Prefeitura e o presidente da Comunidade Evangélica de Campo Bom, Ricardo Blos, conversaram na semana passada para discutir a proposta de tombamento. “A Trindade representa a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Campo Bom, que é considerada a primeira Comunidade Evangélica do sul do Brasil. Então, a história da igreja e do município se mesclam simultaneamente, uma complementa a outra”, justificou Blos, indicando que essa construção, fundada em 1850, é a mais antiga de Campo Bom.

 

O tombamento consiste em reconhecer o valor histórico, artístico e/ou cultural de um bem móvel ou imóvel com o objetivo de preservá-lo e impedir que seja destruído ou descaracterizado.

Pedido antigo

De acordo com o coordenador da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Airton Schäfer, o tombamento da construção é um pedido antigo da Comunidade Evangélica de Campo Bom, que completa 192 anos de história no mês que vem. “Vamos analisar com carinho esse pedido para que possamos atender da melhor forma possível os interesses da comunidade”, afirma o secretário da pasta.

Em Campo Bom, há um inventário do patrimônio cultural, arquitetônico e paisagístico, finalizado em 2016 pelo Conselho Municipal, em parceria com o Iphae.

Nova estrutura 

Atualmente, o prédio utilizado pelos fieis é a Igreja da Trindade II, estrutura mais nova que fica ao lado da Trindade I, chamada “igreja velha”, para a qual se busca o tombamento. Uma das motivações para o ato é que, uma vez que a igreja é transformada em patrimônio, existe a possibilidade de se buscar recursos junto às autoridades estaduais e federais a fim de se realizar reparos necessários no prédio. Sem conseguir estes recursos, a viabilização dos restauros se torna mais difícil, pois são demandas com valores mais altos e que exigem cuidados e toda uma série de exigências, pois as reformas precisam manter as características do imóvel.