Prefeitos não querem apenas manutenção na RS–239

Região – Algumas das cobranças dos prefeitos para obras de melhorias na RS-239 custariam à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) pelo menos R$ 6,2 milhões. Através de obra semelhante feita pelo Governo do Estado na própria rodovia e de ações que tornaram mais iluminada a BR-116 entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, o Jornal Repercussão apresenta ao leitor quais são os principais pedidos das prefeituras à EGR – estatal recém criada pelo governador, Tarso Genro para administrar as rodovias pedagiadas.
Para iluminar os cerca de 20 quilômetros de RS-239, de Campo Bom até o bairro Campo Vicente, no acesso à Nova Hartz, como desejam os prefeitos, seriam necessários aproximadamente R$ 4 milhões de reais (para iluminar 4,7 quilômetros de BR-116, São Leopoldo investiu em 2011, cerca de R$ 1,1 milhão).
O viaduto no acesso à Nova Hartz solicitado pelo prefeito e lideranças do município, não sairia por menos de R$ 1 milhão (valor gasto para construir o viaduto entre a RS-115 e a RS-239, obra entregue pela ex-governadora, Yeda Crusius (PSDB) em 2008.
As quatro pontes sobre os Arroios Sapiranga e Cruzeiro do Sul (dois em cada sentido) teriam o custo, de no mínimo, R$ 300 mil cada estrutura (valor pago por Novo Hamburgo para obra semelhante).
EGR RESPONDE 
Em resposta aos pedidos dos prefeitos a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), via assessoria de imprensa, disse que todas as questões desta reportagem terão estudos detalhados de viabilidade. No entanto, nenhum desses estudos se encontra finalizado pela empresa.
VIAS LATERAIS
Outro pedido tem relação às vias laterais da RS-239. Tanto Corinha Molling (PP de Sapiranga) quanto Sergio Machado (PMDB de Araricá) cobram a construção de avenidas paralelas à RS-239. Esta ação não há como estimar valor, pois são mais de dez quilômetros com inúmeros obstáculos.
RECURSOS DO PEDÁGIO 
O presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, reafirma que os municípios do eixo da RS-239 serão chamados para formar um Conselho de Gestão dos recursos do pedágio. Esta instância  servirá para discutir junto com a empresa, as prioridades de investimentos em obras na rodovia. 
Outras melhorias também são cobradas pelos prefeitos
*O prefeito de Campo Bom, Faisal Karam, destacou ainda que há necessidade urgente de engenheiros da EGR tomarem ciência dos riscos que os desníveis existentes na RS representam, e que podem gerar sérias consequências. “Quem anda na rodovia em dias de chuva percebe que água se acumula com facilidade em alguns pontos. Isso precisa de correção urgente”, destaca.
*Outro ponto que vem recebendo críticas pelos prefeitos é deficiência no controle de velocidade na RS-239.  As estruturas deixaram de multar condutores infratores em março de 2010, quando o contrato entre o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e a empresa responsável pelos equipamentos expirou. A nova licitação foi cancelada após denúncias de fraude.
*Um dos apontamentos do prefeito de Campo Bom, Faisal Karam, foi com relação à ambulância que prestava socorro em eventuais acidentes na rodovia. “Ela foi retirada sob o argumento de que o Serviço Móvel de Urgência (SAMU) dos municípios, tinha capacidade de atender os casos urgentes de socorro”, destacando que desde então a rodovia não conta mais com o serviço.