Prefeitos da AMVARS sinalizam volta às aulas entre 28 de abril e 3 de maio

Por Silvia Trovo/AMVARS

Prefeitos ligados à Amvars e à Região 7 reuniram-se na tarde de hoje, 23 para discutir os efeitos do decreto publicado hoje pelo Governo do Estado permitindo a cogestão para educação em regiões com bandeira preta. Além dos desdobramentos jurídicos possíveis, os gestores discutiram temas associados à decisão do Estado, tais como a necessidade de vacinação para professores, lotação dos leitos de UTI e a consequente falta de insumos de terapia intensiva que as cidades já enfrentam. Discutiram também sobre os desdobramentos da falta de vacinas para a aplicação da segunda dose na população, situação que pode comprometer o cumprimento da imunização.

 

AULAS

A grande maioria dos prefeitos definiu pelo retorno às aulas presenciais para educação infantil, 1º e 2º anos do fundamental a partir da próxima quarta-feira (dia 28), sendo que algumas cidades retornam no dia 3 de maio. “Há o entendimento dos prefeitos de que a volta às aulas é muito importante, mas com segurança para a saúde dos alunos e professores. E para isso precisamos muito da colaboração dos pais e da comunidade. O cuidado individual será imprescindível nessa retomada”, destaca o presidente da Amvars, Luciano Orsi. Nesse sentido as prefeituras já começam a se organizar para retornar o sistema presencial até o dia 3 de maio para a rede pública. Na rede privada, o retorno deve ocorrer a partir de segunda, dia 26.

 

VACINA

Reforçar aos órgãos competentes a necessidade de vacinação imediata para professores também foi ratificado pelo gestores. Embora tenham oficiado esse entendimento ao Ministério da Saúde, com pedido de apoio à Famurs e CNM, um novo documento será emitido para postular novamente e inclusão da categoria como prioridade de vacinação.

 

Com relação ao tema vacina os prefeitos demonstraram preocupação com a demora no recebimento dos imunizantes para aplicação da segunda dose na população. Segundo relataram as quantidades recebidas não são suficientes para esse público, o que impossibilita a organização das equipes e chamamento e garantia da dose a quem tem prazo para completar a imunização.

 

UTIs

A lotação dos leitos de UTI em índices bem mais elevados que os de leitos clínicos, foi outra preocupação expressada pelos gestores que temem uma nova onda de casos de contaminação em virtude do retorno às aulas. Além da lotação das unidades de terapia, os prefeitos queixaram-se da falta de insumos de UTI.
“Estamos em um momento muito delicado. Entendemos a necessidade dos alunos voltarem às aulas com cuidados e limitações, mas temos que garantir a segurança deles e das equipes. As prefeituras vão agir neste sentido, mas tem situações que fogem da nossa alçada como é o caso de todos os temas discutidos hoje”.