Prefeita buscará qualificar saúde e educação

Em entrevista, Corinha Molling projeta a construção de três novas escolas de educação infantil: uma das obras iniciou este mês

Jornal Repercussão – Como a prefeita avalia mais uma edição da Festa das Rosas com entrada gratuita?
Corinha – Essa é uma questão de orgulho e que me deixa honrada. Me comove ouvir as pessoas falarem que gostariam de ter participado de outras edições da Festa das Rosas (quando havia necessidade de pagar entrada), mas que não conseguiam ir, porque se fossem, não teriam dinheiro para levar os filhos no Parque de Diversões e dar um lanche para os filhos. Proprocionaremos grandes shows e gratuitos. Tenho orgulho de como mãe proporcionar isso para que outra mãe possa levar os filhos sem gastar muito. Temos que oferecer espaços de entretenimento e diversão às famílias e às crianças. Pedi esse ano a manutenção do projeto de férias para as crianças. Quando acompanho essas atividades voltadas aos pequenos é comovente ver a alegria das crianças.

Jornal Repercussão – A Prefeitura deu início à construção de uma nova escola de Educação Infantil no bairro Centenário. O que mais está por vir?
Corinha – Nos próximos anos, a Prefeitura irá construir três novas creches. Precisamos direcionar recursos para a contrapartida financeira destas ações. Uma destas escolas é a creche em construção no bairro Centenário. As outras duas obras de construções de creches, não conseguimos parceria com o Governo Federal e construiremos com recursos próprios, ainda mais pelo número de crianças que temos em idade escolar e que necessitam de vagas. A segunda obra é a nova EMEI Doutor Décio Gomes Pereira. Temos o terreno dela e o Departamento de Meio Ambiente está ajustando na parte técnica. Será uma creche para 450 a 500 crianças. Ela será construída próxima do antigo Calçados Rojana (atualmente, Ötzi). A terceira creche que pretendemos dar início ficará entre a Rua Edwin Kuwer e a Major Bento Alves, no bairro Voo Livre.

Jornal Repercussão – O desemprego assusta os chefes de família. Como a Prefeitura trabalha nesta área de desenvolvimento econômico?
Corinha – Temos que trabalhar muito seriamente nesta área. Conversei com o pessoal do SEBRAE. Eles vieram aqui para detalharmos a participação, novamente, das empresas sapiranguenses da área do calçado em mais uma edição da Couromoda. Essa é uma parceria do governo estadual, SEBRAE e do Município. Vamos apoiar a participação das empresas daqui na Couromoda e na Zero Grau. Hoje temos três distritos industriais. Dois estavam com a matrícula das áreas prontas. Uma das áreas fica na região da Vila São Paulo, no bairro São Jacó, e a outra área na Rua Cruzeiro do Sul. Reajustamos todas as leis pertinentes à lei do distrito industrial no bairro São Jacó para empresas que necessitam de áreas de até um hectare e meio. Em 45 dias teremos as matrículas das áreas. Outro local que transformamos em área industrial fica junto à Escola Técnica Federal (o IFSul), próximo da RS-239, no bairro Oeste. Temos uma empresa interessada em uma parcela da área, além do projeto do SENAI em construir uma futura escola de ensino profissionalizante em frente da Escola Técnica Federal. Na zona industrial junto à Rua Cruzeiro do Sul, entre os bairros Industrial e Vila Nova, assim que obtivermos a matrícula, as empresas poderão se instalar no local. Recebi no início deste mês uma empresária que tem interesse em expandir sua indústria na área de estamparia. Temos outras duas empresas de médio porte interessadas em se instalar em Sapiranga, mas pediram sigilo em um primeiro momento.

Jornal Repercussão – O que a Prefeitura pretende fazer para tornar a área urbana mais convidativa para caminhadas e mais bonita?
Corinha – Quero trabalhar fortemente com a regularização das calçadas. Durante a campanha, percebi que muitos locais nos bairros não possuem calçadas. Temos que ampliar a atuação no embelezamento da cidade, além da padronização das calçadas. O Plano Diretor prevê essa parte. Outro detalhe importante é sensibilizar os moradores. Hoje temos muitos imóveis que pertencem a uma mesma pessoa. Temos que chamar essas pessoas e conversar. Senti nesses primeiros quatro anos que precisamos ampliar a comunicação com a comunidade. Temos que convidar mais a comunidade a participar desta mudança. Através da criação do Conselho Consultivo (tema já noticiado pelo Jornal Repercussão) vamos obter o aval, se é aquilo mesmo que a comunidade deseja. Queremos um município limpo e organizado.

Jornal Repercussão – O Hospital Sapiranga presta os atendimentos necessários e a UPA está funcionando. Qual a avaliação que a prefeita faz da área?
Corinha – Quero que as pessoas entendam que em termos de Saúde o sapiranguense é privilegiado. Não conheço quase nenhuma cidade de outro lugar e até fora daqui que tenha a estrutura que nós temos. Acredito que tenha faltado divulgação do nosso trabalho. Temos uma equipe na UPA comprometida com o bom funcionamento da UPA 24 Horas e com o bom uso dos recursos públicos. Vejo que Sapiranga está bem servida e no caminho certo. As marcações mais demoradas são aquelas cujos procedimentos são feitos pelo Estado e não pelo Município. O que temos que melhorar é a fisioterapia. Quero disponibilizar mais profissionais nesta área. Está muito demorado estes encaminhamentos. Estamos trabalhando também para integrar o sistema da Saúde. Existe muito desperdício sem a integração das informações do atendimento dos moradores. Há casos de retrabalho, onde os exames são refeitos sem necessidade. Isso precisamos modificar. Outra questão que vamos aperfeiçoar é a área dos agentes comunitários de Saúde. Não temos como ampliar a quantidade de agentes. Vamos melhorar e reavaliar o que não está dando certo.

Jornal Repercussão – Qual é o atual cenário financeiro do Município?
Corinha – O município não está endividado e tudo está sendo pago em dia. Para tudo que nós temos iniciado (obras e serviços) o dinheiro está disponível. Não temos dinheiro para grandes obras. Neste caso, temos que buscar apoio do governo federal. Tenho conversado muito com a secretária da Fazenda. Vamos fechar o ano no azul. O superávit será muito pouco. Muitas verbas federais não vieram. Nosso gasto com Saúde ficará entre 28% ou 29%. Pagamos a 1ª parcela do 13º salário em junho. O pagamento dos funcionários está em dia. No quadro de funcionários sempre mantivemos um número razoável. Horas extras são liberadas apenas quando necessárias. Vamos enxugar o quadro de secretarias. Há secretarias que podem ser unificadas para trabalharem em conjunto. Temos que ter pessoas cada vez mais técnicas dentro das secretarias.

Jornal Repercussão – Qual a avaliação que a prefeita faz da sua reeleição?
Corinha – Agradeço mais uma vez a confiança das pessoas, principalmente aquelas que estavam orando pela continuidade do trabalho. Sapiranga está bem encaminhada. Precisamos avançar mais na parte do emprego e do embelezamento do Município. Ser reeleita foi uma prova de fogo. Tenho mais é que continuar humilde e entender a cada dia que passa que meu trabalho é servir a comunidade.