Políticos da região explicam doações da Odebrecht

Lava Jato | Verbas para 200 políticos serão investigadas

País/Estado – Planilhas de possíveis repasses da empresa Odebrecht (envolvida na operação Lava Jato) à políticos foram apreendidas recentemente pela Polícia Federal e divulgadas nesta quarta-feira (23), provocando alvoroço na grande imprensa do País e em redes sociais. Mais de 200 políticos do país teriam sido beneficiados com doações da empresa e destes, 45 são gaúchos. Apesar da listagem apontar valores, as autoridades da Lava Jato ressaltam que isso não significa que haja alguma ilegalidade nos eventuais repasses. O motivo do controle em planilhas e de eventuais pagamentos será apurado na operação.

O Jornal Repercussão ouviu três das principais lideranças políticas da região, envolvidas na lista.

Nomes da região explicam

– Em nota, o deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT), diz que: “Até a recente e acertada decisão do STF de proibir o financiamento privado, praticamente 100% das campanhas eleitorais eram financiadas por empresas. Essa contribuição ocorreu ao Diretório Nacional do partido, que repassou o valor ao Diretório Municipal. Portanto, trata-se de uma contribuição legal, devidamente contabilizada na prestação de contas e aprovada pelo Trib. Reg. Eleitoral (TRE/RS).”

– Também em nota à imprensa, o Deputado Federal Renato Molling (PP/RS), declara que as doações recebidas para sua campanha em 2014 constam aprovadas na declaração do site oficial do Tribunal Regional Eleitoral. O deputado recebeu uma doação do grupo Odebrecht, por meio da empresa Braskem. Todas as doações são legais e devidamente declaradas.

– Citado na lista de beneficiados, o deputado estadual João Fischer, o Fixinha (PP), disse em nota: “Recebi duas doações da maior empresa em retorno de ICMS no Estado, a Braskem (cuja principal acionista é a Odebrecht). Essas doações somaram R$ 50 mil. Não há problema legal algum em receber doação de campanha de empresas. O problema é quem as recebe e não as declara. Minha prestação de campanha é pública e todos os valores foram declarados com transferência eletrônica e recibo eleitoral. Basta acessar o site do TSE”.