Piloto de Nova Hartz pisa fundo e voa longe em provas de Endurance

Nova Hartz – Apaixonado por pistas de corrida e adrenalina, Aldoir Sette, é uma referência no automobilismo do Rio Grande do Sul e do Brasil. O piloto de Nova Hartz, proprietário da Sette Car, é um papa-títulos e foi campeão gaúcho e brasileiro de arrancadas, de turismo, e desde 2015, mergulhou de corpo e alma em um novo desafio: as competições de Endurance (que são protótipos de corrida capazes de atingir quase 300 Km/h).

No ano de 2019, pilotando o Protótipo 7, Aldoir foi campeão gaúcho na categoria P3 e 3º colocado no Campeonato Brasileiro de Endurance: “Nesse ano de 2020, o objetivo é ser campeão Brasileiro. Perdemos para nós mesmos essa temporada. Tivemos problemas em três etapas (Curitiba, Goiânia e novamente m Curitiba). Tive a chance de ser vice-campeão brasileiro, mas por um problema de pressão de óleo no motor, ficamos longe do título”, relembra Aldoir.

O desafio em competições nacionais é imenso: “Nessa categoria o pessoal possui muito dinheiro e excelentes equipamentos. É complicado de ganhar. Uma verdadeira pedreira. Enquanto que eu andava com um jogo de pneus em três horas de corrida, os adversários colocavam no mínimo dois jogos o que gerava uma grande diferença”, pontua Aldoir.

Mas, para 2020, a projeção de Aldoir é de otimismo total: “Tudo o que a equipe tem feito de melhora, de desenvolvimento e modificação no protótipo nos dará outra condição. O motor, por exemplo, usaremos um Honda H-20 aspirado de 280 cavalos e 2.300 cilindradas. Colocamos o câmbio borboleta (paddle shift). Mudamos a asa, a aerodinâmica, a frente e as laterais. Além disso, andaremos com pneus Pirelli, que é meio segundo mais rápido”, comemora Sette.

Equipe mobilizada

Toda a preparação do Protótipo 7 é feita pela equipe CBM, de Sapiranga, liderada por outro piloto, Maico Cebola Diestmann. “O Campeonato Brasileiro de Endurance, na Categoria P3, contará com oito etapas em 2020. A média é de seis a oito competidores nessa categoria. Entre as pistas mais desafiadores que vou correr estão a pista de Goiânia, que é uma pista fantástica. Além disso, tem o autódromo de Interlagos, em São Paulo. Nela, o piloto não tem medo de acelerar em lugar nenhum. É enfiar o pé e atingir 238 Km/H na reta”, vibra Aldoir.

Entenda como é montado o protótipo que Aldoir utiliza nas corridas

A preparação de um protótipo de alta performance exige alto investimento: “Várias peças e componentes do carro são importados. Os freios e o câmbio vêm da Inglaterra. O motor também vem de fora. O chassi é preparado por uma empresa de Porto Alegre. As balanças (peça do sistema de suspensão do protótipo) é de Porto Alegre. Outra peça importada são os amortecedores, que ganham uma preparação especial de um profissional de São Paulo”, comenta.

Mas, o vermelho inconfundível do Protótipo 7, 3º colocado em 2019 na Endurance Brasil, categoria P3, possui a sua raiz em Nova Hartz: “Essa parte, fazemos por aqui mesmo”, brinca Aldoir.

Para obter o máximo de desempenho, outro detalhe é o combustível: “Antes, usávamos álcool puro, mas agora, usaremos 50% de gasolina e 50% de álcool. Ficará mais caro, mas ganharemos em potência e diminuirá o consumo”, pontua Aldoir. A estreia no campeonato ocorrerá em 4 de abril, em Curitiba. Acelera, Aldoir!

Foto: Arquivo Pessoal.