Pessoas e ideais mudam imagem do Rio dos Sinos

Cururuay – nome dado pelos indígenas ao Rio dos Sinos. Rio este que cada vez mais está poluído, prejudicando a saúde de quem dele sobrevive. É com este pensamento que o Projeto Cururuay está desde o ano de 2010 na batalha para melhorar as condições da água que banha a nossa região. É através de palestras educacionais, plantio de mudas, multirões para retirada de lixo dento do próprio Sinos, que a Organização Não Governamental (ONG), leva para as mais diferentes faixas etárias, a importância de se preservar os meio ambiente. Ou seja, trata-se de um mega projeto para a recomposição de toda a mata ciliar da bacia hidrográfica dos Sinos, através da produção em massa de mudas nativas, a partir de horto sementeiro mecanizado, para a produção de 6 milhões de unidades nos seus 1500 km de margens.
Nascendo nos morros do município de Caraá, litoral norte gaúcho, o Rio dos Sinos percorre cerca de 190 km, desembocando no delta do Jacuí, no município de Canoas, numa altitude de apenas 5 metros. O Sinos, colonizado por alemães, banha diversos municípios do Estado, sendo ele o principal para o Vale dos Sinos.
No ano de 2006, ocorreu no Rio um grande desastre, que causou a morte de no mínimo um milhão de peixes, em plena época de desova e reprodução. Esta foi considerada a pior tragédia ambiental dos últimos 40 anos em todo o Rio Grande do Sul.
“A maior dificuldade numa ONG é a financeira. Os mutirões que realizamos até hoje, são bancados com doações espontâneas de sacos de lixo, luvas. Até hoje, nunca recebemos um centavo oriundo dos poderes executivos municipais. Contamos sempre com a ajuda de parceiros e da própria mídia”.
Renato Wallauer, Presidente da ONG Cururuay.