Pesquisas diferenciadas são premiadas na IV Femint, em Sapiranga

Sapiranga – A Femint 2018 – Feira Municipal Integrada – ocorreu na última semana, entre os dias 26 e 28, sendo um dia (26) de Mostra da Educação Infantil e dois dias (27 e 28) de Ensino Fundamental e Médio. A feira culminou com a premiação dos trabalhos do ensino Fundamental e Médio, no fim da tarde de sexta-feira.

A noite mais aguardada do evento começou com a apresentação da Banda Marcial Municipal e corpo coreográfico. A prefeita, Corinha Molling, a secretária de Educação, Cultura e Desporto, Cláudia Kichler e o coordenador da Femint e supervisor pedagógico, Maurício Costa Cabreira, comandaram a entrega das premiações.

Foram premiados os trabalhos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, divididos em subcategorias, e do Ensino Médio. Estudantes que se destacaram com seus trabalhos também foram premiados com o credenciamento em feiras, como a Feciti – Feira de Ciências, Inovação e Tecnologia do IFSul, e Mostratec Junior, da Fundação Liberato, de Novo Hamburgo.

Foram, no total, 121 trabalhos selecionados para a Feira (41 da Ed. Infantil e 80 do fundamental), dentre todas as pesquisas apresentadas nas escolas. “Aqui são os 80 melhores, já é uma vitória eles estarem aqui, porque é a culminância de um projeto que vem sendo feito desde o começo do ano”, destaca Maurício. Um grupo foi ainda selecionado para apresentar sua pesquisa na Febrace – Feira Brasileira de Ciências e Engenharia -que acontece em São Paulo. “Estou muito feliz de ver o quanto está evoluindo. Iniciamos, há quatro anos, com a intenção de desmistificar a questão da pesquisa, que só quem faz é o cientista, a universidade. É muito legal ver a empolgação deles”, comemora Cabreira.

Premiados seis trabalhos entre 1º e 3º anos do fundamental, outros três do 4º ao 5º ano e anos finais do fundamental e ensino médio

Nos anos iniciais do fundamental foram nove trabalhos premiados e dois destaques. Nos anos finais foram mais seis premiações e um destaque. Ainda três do ensino médio. Um dos destaques foi o trabalho Madrugou: agendou!, trabalho realizado por Eduarda da Silva, Juliana Dreyer e Nicoly da Veiga, alunas do 8º ano da Escola 28 de Fevereiro, orientadas pela professora Carina Lurdes Piccoli. A pesquisa, além do primeiro lugar do 8º e 9º ano, se classificou para a Feciti, Mostratec Junior e representará o município na única vaga disponível para a Febrace, em São Paulo. As alunas propuseram mudar a forma de agendamento de consultas na rede municipal de saúde.

 

 

Sinaleira para deficientes visuais

Ágatha Cristie da Silva, Gabriele Schunck de Almeida e Dienifer dos Santos Carvalho, do 8º ano, orientadas pela professora Jaúna de Matos, da escola Maria Emília de Paula, desenvolveram o projeto de uma sinaleira adaptada para deficientes visuais. A pesquisa, que foi também apresentada aos vereadores, na sessão de terça-feira,2, classificou as alunas para a Feciti e Mostratec Junior. “Criamos essa sinaleira porque percebemos que aqui em Sapiranga não há nenhum tipo de sinaleira para deficientes visuais”, explicaram. A sinaleira é composta por um sensor de movimento e uma sirene. “O deficiente visual, ao passar em frente ao sensor, vai soar o barulho. Então ele vai saber que alí tem uma faixa de pedestres e que pode atravessar com segurança. Ajuda também os motoristas”, pontuam as alunas, que pretendem seguir com o projeto, implementando ainda a sinalização das calçadas.

 

Cadeira de rodas solidária

Renata Milena da Costa, Júlia Geovana Giacomuzzi e Eloisa Azeredo Kretzmann, do 8º ano, orientadas pela professora Medianeira Hartmann Naissinger, da escola Waldemar Carlos Jaeger, desenvolveram o projeto, classificado para a Feciti, de uma cadeira de rodas sustentável, produzida com garrafas pet. “Nosso objetivo é incentivar as pessoas a reciclarem, reduzindo o impacto no meio ambiente”, destacam as alunas. Após pesquisa, elas concluíram que 3/4 da cadeira será composta por material reciclável e o outro 1/4 por materiais pré-fabricados. Após coleta, contagem e limpeza das garrafas PET, as alunas desenvolveram um molde da cadeira em MDF e enviaram para uma empresa terceirizada de Campo Bom, que fará a montagem. “Queremos doar a cadeira e continuar produzindo. Ideia é conseguir patrocínio. Estamos conversando com uma empresa do Rio de Janeiro que se interessou”, comemoram.

 

Painel solar caseiro

Samuel Bez Batti, do 3º ano do ensino médio do Instituto Estadual Coronel Genuíno Sampaio, orientado pela professora Tamires Nunes Zardin, representou o grupo que desenvolveu a ideia do Painel Solar Caseiro, pesquisa que conquistou o terceiro lugar na categoria. “Escolhi fazer porque a energia elétrica no Brasil cada ano tem sofrido aumentos”, pontua Samuel. “O meu protótipo é uma célula fotovoltaica, sem as outras partes, que servem basicamente para proteção. O que gera realmente é a célula”, explica Samuel. Ele fez uma ligação direta entre o painel e uma calculadora, passando pelo aparelho que mede a voltagem. “No sol, gera em torno de 6 volts, o que substitui em torno de umas 6 pilhas palito”, pontua o aluno. Minha ideia não é substituir (o painel tradicional), mas usar como fonte de energia auxiliar, por exemplo em uma estufa ou ainda na própria janela, para carregar um celular ou notebook”, destaca.

 

Texto: Sabrina Strack

Fotos: PMS