Perda da Gabriele motiva a criação de semana contra o feminicídio em Araricá

Araricá – Ainda na busca por explicações para o trágico assassinato da estudante de educação física da Feevale e moradora do município, Gabriele Wilbert, 23 anos, as lideranças políticas do município procuram criar mecanismos para alertar sobre a importância de discutir o tema da violência contra as mulheres.

Neste sentido, recentemente, o presidente da Câmara de Vereadores, Max Gomes da Silva (Republicanos) apresentou uma iniciativa de conscientização: é a inclusão no Calendário Municipal da Semana de Conscientização e Combate ao Feminicídio e a Violência contra a Mulher. A data proposta pelo vereador é a de 9 a 15 de maio, exatamente, o período em que a Polícia Civil de Sapiranga intensificou as buscas para a localização do corpo de Gabriele e a prisão do assassino, Marlon Eduardo Parnoff Machado, de 25 anos.

Agora, compete à Prefeitura estabelecer o formato que a ação será colocada em prática, se através de palestras, ações nas escolas ou por campanha de sensibilização nas ruas.

Lideranças avaliam

Olivar Ribeiro, PSL
“A Gabriele era uma afilhada minha. Muito triste. E a maneira como a Gabriele foi morta machuca. Parabenizo a Polícia Civil por se empenhar no caso e trouxe resposta à família. Parabenizo o delegado Fernando Branco.”

Oseas Garcia, Democratas
“As mulheres ainda estão em situação de vulnerabilidade. Quando ocorre essas tragédias nos causa espanto. Precisamos desse diálogo com todas as instituições para desenvolver uma política pública para combater esse tipo de ato.”

Sensibilizar homens sobre a necessidade de respeitar as mulheres entre os objetivos

Max Gomes da Silva justifica que a criação da Semana de Conscientização e Combate ao Feminicídio e a Violência Contra a Mulher busca criar uma rede de conscientização e combate junto à população: “A proposta é diminuir atos de negligência, discriminação e qualquer tipo de violência contra a mulher e conscientizar sobre a importância do tema”, apontou Max.

Gabriele foi morta por um indivíduo que não concordou com a negativa dela em dar continuidade em um relacionamento. A última imagem de Gabriele ainda com vida foi capturada por câmeras de monitoramento do Posto Chafariz, em Sapiranga. A filmagem foi decisiva para localizar o autor do assassinato, que primeiro negou envolvimento no crime, mas depois mudou a versão e indicou onde enterrou a vítima, em uma área verde próxima do Rio dos Sinos, em Sapiranga.