Patrimônio cultural de Sapiranga terá Daniel Gevehr na coordenação das ações

Por Cássios Schaab

 

A preservação da história de Sapiranga terá um tratamento diferente a partir de 2021. A prefeita Carina Nath buscou o professor Daniel Gevehr, pós-doutor em história e com amplo conhecimento da história de Sapiranga, para ser o Diretor de Patrimônio Cultural e Museu da Administração Municipal. Com ideias diferentes das que vinham sendo praticadas, Daniel pretende dar um novo sentindo para os lugares de memória da cidade. “Estamos em processo de contratação de um museólogo e um assistente de museu. Juntos, vamos fazer um trabalho em conjunto, com muita transparência, e dar uma nova concepção ao museu, não será mais um lugar de guardar peças e sim um museu e arquivo documental do município”, explica. Devido aos problemas encontrados no início dos trabalhos, as primeiras providências que a equipe irá executar serão em caráter estrutural. “Eu posso dizer que encontramos uma situação desesperadora, tanto no quesito estrutural como também de preservação do acervo”, destaca. Após as adequações necessárias, o espaço entrará em uma nova fase. “Quem tem que cuidar e atender os visitantes no museu é um historiador, um professor. Agora, realmente nós teremos um local adequado e pessoas com formação específica para realizar o trabalho”, pontua.

Uma nova concepção de museu

Alterações em processos do museu também serão percebidas pela comunidade. “O espaço das exposições temporárias não vai mais existir. Neste local, vamos ter mesas para que a comunidade possa chegar, solicitar os arquivos de fotos e vislumbrar esses acervos”, revela Daniel. A Casa do Colono, com todos os ambientes remontados, será transferida. “Esse acervo ficará no local que ele precisa estar, que é na Casa do Imigrante”, completa. “É preciso trazer uma nova concepção de museu para a comunidade, para que se tenha uma relação direta com a história da cidade”, finaliza.

Grafite para combater o vandalismo

A revitalização do museu também contará com a participação dos grafiteiros da cidade. “Ao invés de cercarmos o museu, para acabar com o vandalismo, nós vamos inverter a lógica: não vamos pintar as paredes de cinza ou branco e sim conversar com os grafiteiros, pedir que escolham temas históricos da cidade e com a ajuda deles queremos que o museu seja colorido, que mostre através dessa arte, a diversidade que está presente na formação da cidade”, expõe Daniel.