Paranhana e quatro cidades do Sinos fecham saldo negativo de 8.430 vagas de emprego

Foto: Ilustração

Região – Um saldo negativo de -8.430 empregos foi observado nos cinco primeiros meses do ano, e corresponde a média dos dez municípios da área de abrangência do Jornal Repercussão. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Com o começo da pandemia, a crise econômica atingiu em cheio os postos de trabalho nos quatro municípios do Vale do Sinos e seis do Paranhana, como mostra o quadro desta reportagem. A observação dos primeiros saldos negativos começou a partir de março. Sapiranga, no acumulado, apresenta o cenário mais negativo, com saldo de -2.269, e um percentual de variação de -10,65%. O pior mês para a economia sapiranguense foi abril, com o saldo de -1.830, decorrente de 2.031 demissões e mediante somente 201 admissões.

O segundo município com mais prejuízos observados é Três Coroas, no Vale do Paranhana, com saldo de -1.377 e percentual de -18,14. Igualmente, abril representou mais estragos, com -898 vagas perdidas, resultantes de 950 demissões diante 52 admissões. Em terceiro lugar aparece Campo Bom, com saldo negativo de -1.219 e percentual de variação de -6,23. E logo em seguida, está Igrejinha, com -1.179 vagas de emprego, mas com porcentual de variação negativa de -10,19%. O Caged é um registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Esforços para buscar reverter a situação em meio à crise causada na pandemia

O secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo de Sapiranga, Marco Cassel, afirma que umas das prioridades da pasta, para a retomada da geração de empregos no município, é estimular a compra no comércio local e contatos para busca de novas empresas. “Essas ações são contínuas por parte da atual administração. É fundamental, também, nesse momento, atentarmos para o perfil do consumidor pós-pandemia, que certamente será diferente. Teremos um consumidor mais ‘digital’ e as empresas devem adaptar-se à essa nova forma de consumo, buscar uma estratégia de ação e não esperar a pandemia passar, porque ela passará e temos que estar preparados para voltar a crescer”, destaca.

Manifestações quanto ao cenário

Marcos Cassel, secretário da Indústria, Comércio e Turismo de Sapiranga. “Comprando em Sapiranga, deixamos a renda e os empregos aqui. Estamos, também, entrando em contato com empresas de diversos segmentos para que se instalem no município”.

Tiago Scariot, secret. Ind. Com. Tur. e Desp. de Três Coroas. “O pior momento já passou, com a abertura gradual do comércio. Novos investimentos estão sendo feitos, e novos postos poderão ser ofertados. Isso mostra a retomada da confiança dos investidores e que este momento de incertezas não permanecerá por muito mais tempo”.

Cenário RS

Embora não tenham sido divulgados os números de junho, individualmente, por município, a Secretaria de Trabalho e Assistência Social do Rio Grande do Sul, trabalha com um total de 448.292 admissões e 542.782 desligamentos de trabalhadores no primeiro semestre. O saldo não é nada positivo, com -94.490 vagas a menos nos seis meses do ano, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia.