Para muitos, João Jorge Maurer pode ter sido um coadjuvante na Batalha Mucker, mas o Sr. Arti acredita que o marido de Jacobina teve grande importância nas ações que tornaram a colona alemã uma líder religiosa.
Jorge Maurer, era um homem bonito, que trabalhava com o irmão de Jacobina em uma pequena marcenaria, e que havia combatido na Guerra do Paraguai, sendo um dos poucos da colônia alemã que entendia português.
Há quem defenda que ele não gostava muito do esforço e buscou aprender sobre como ser um curandeiro. Na época, a tuberculose era uma das doenças que mais afligiam a população, perda de peso, problemas de respiração e pirragos eram sintomas que bastavam para ser diagnosticado com a doença. Porém, o fumo já era consumido naquela época, e como sabemos hoje, fumantes costumam perder peso e ter dificuldade para respirar. Jorge também notou isso e ao atender seus pacientes, indicava que parecem de fumar, e, milagrosamente, a doença incurável era curada. O curandeiro passou a fazer sucesso, ao mesmo tempo que era muito criticado.
Enquanto Jorge Maurer atendia aos pacientes, Jacobina citava trechos da bíblia para as famílias que aguardavam preocupadas a melhora dos seus entes. Arti afirma, que neste início o casal não realizava cultos afim de desenvolver uma religião. Maurer percebeu que as ações de Jacobina passaram a fazer parte dos atendimentos de seus pacientes (que lhe pagavam), enquanto a esposa usava estes momentos para receber a atenção que desejava.
Ao perceberem o “sucesso” que aquelas ações estavam tendo, Jacobina aprendeu a ler a bíblia com seu cunhado, que era pastor vindo da Alemanha, e passou a realizar pequenos cultos, com canticos e leituras bíblicas. Com os atendimentos de Maurer, as pregações de Jacobina e os ataques que sofria, o grupo de apoiadores foi crescendo enquanto as igrejas condenavam as ações do grupo.
O isolamento do grupo foi tornando-o cada vez mais fanático. Os ataques de Jacobina e a aparente cura dos doentes foram endeusados pelos fiéis, até sua morte.