País engatinha para implantar energias limpas em residências

Tímidos incentivos | Governos adotam políticas, mas massificação da energia solar ainda é distante

A Secretaria de Minas e Energia está incentivando no Rio Grande do Sul a produção de energia fotovoltaica, energia elétrica produzida a partir de luz solar. Para tanto, o Estado aderiu ao convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que desonera a mini e microgeração fotovoltaica de energia e deu início à elaboração do Atlas Solarimétrico, que será lançado ainda este ano. Um grupo de trabalho, o GT Solar, criado pela Secretaria, tem como meta fomentar estas e outras iniciativas para desenvolver o setor.Atualmente, as aplicações da energia fotovoltaica ainda são pouco expressivas no país e no estado, ainda que o Rio Grande do Sul seja hoje o terceiro colocado no Brasil em número de conexões instaladas, em um total de 186. A expectativa da Secretaria de Minas e Energia é que, por meio de iniciativas como o convênio do Confaz, associadas a quedas de preços no mercado internacional, essa fonte de energia torne-se financeiramente viável e ganhe forte impulso na geração distribuída, tanto para usos isolados como para aqueles conectados à rede de distribuição de energia elétrica.

Nos municípios de Araricá e Sapiranga, duas empresas (a ENGM Energia e a TS Energy) são expoentes na implantação de sistemas com painéis solares para geração de energia.

Retorno imediato, avalia empresa sapiranguense

Entre os motivos que dificultam a popularização da microgeração de energia renováveis no Brasil é a pouca quantidade de fabricantes nacionais de produtos/insumos/equipamentos. “Sobram técnicos que nem sequer conhecem a legislação e as alternativas de financiamento. É certo que para que se tenha estas fábricas no Brasil há de se incentivar o consumo e uso do sistema”, opina Paulo Möller, da ENGM Energia.

A concorrência entre os preços praticados no Brasil hoje, para as instalações prontas, estão muito próximas aos valores praticados na China. “Ou seja, a competição de fornecimento entre os fabricantes mantém os preços baixos e instalar uma nova fábrica fica menos interessante”, contextualiza o empresário. Atualmente, a ENGM oferece aos seus clientes diferentes possibilidades para financiar a compra de sistemas de microgeração de energia solar. “Hoje, o consumidor pode financiar uma parcela da usina pelos cartões BNDES, Finame e Construcard da Caixa. Bancos privados também oferecem linhas de financiamento para esta finalidade”, revela Möller. A ENGM atende clientes de todo o Brasil e é uma das empresas com o maior número de módulos/placas instaladas no Brasil, atuando ainda na distribuição e venda de equipamentos a instaladores de várias cidades do Estado.

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Crédito da foto: Divulgação