Pai de jovem brutalmente assassinada homenageia Polícia Civil de Sapiranga

Homenagem ocorreu nesta quinta-feira (Foto: Polícia Civil)

Sapiranga/Araricá – Um momento de emoção e reconhecimento. O delegado Fernando Branco e sua equipe recebeu um presente de Natal que marca a carreira e todo empenho dos policiais civis no caso do assassinato brutal da jovem Gabriele Wilbert, em maio de 2019.

 

Nesta quinta-feira, o pai da jovem, Paulo Renato Wilbert, esteve na Delegacia de Polícia e fez a homenagem. “Fiquei emocionado. Agradeço publicamente a família pela homenagem recebida e afirmo, sem medo de errar, que momentos como esse nos dão ânimo para continuar trabalhando”, declarou o delegado.

 

“Eles (policiais civis) não tinham como salvar ela. Sabemos que se houvesse a possibilidade disso acontecer, eles teriam feito”, diz pai 

Foram sete dias em que os sentimentos se misturavam. Em uma semana, eles lidaram com a situação mais difícil de suas vidas: o desaparecimento da filha Gabriele Wilbert, de 23 anos, e a descoberta, da forma mais cruel, do seu assassinato. “Perdemos tanto naquela semana que ainda é difícil descrever. Foram dias terríveis, mas desde o primeiro dia, sabia que algo ruim tinha acontecido”, relembra a mãe Leopoldina Wilbert.
A família de Araricá, em todo este período, esteve diariamente ao lado da equipe da Polícia Civil de Sapiranga, que investigou e elucidou o caso. Gabriele desapareceu na sexta-feira, dia 15 de maio, e seu corpo foi localizado enterrado na madrugada da sexta-feira para sábado seguinte, na Prainha Dourada, em uma área de vegetação nativa, em Sapiranga. O acusado e réu confesso pelo crime, Marlon Eduardo Parnoff Machado, 25 anos, matou Gabriele com um tiro na sexta-feira, dia 15, e após enterrou o corpo da jovem. Logo que iniciou a investigação do desaparecimento, com auxílio de depoimentos e câmeras de segurança, os policiais conseguiram chegar ao nome de Marlon, que se identificava como ex-namorado de Gabriele. No entanto, a família diz que não o conhecia. “Nunca vimos ele. Ela também nunca nos falou dele. E a Gabriele sempre nos contava tudo da vida dela. Ela estava tão feliz, cheia de planos, construindo sua casa, estudando, fazendo planos de vida. Não entendemos porque alguém faz uma coisa dessas!”, desabafou a mãe.

“Queremos que a justiça seja feita”
Sobre a atuação da Polícia Civil, o pai Paulo Wilbert reitera que será eternamente agradecido por todo esforço da equipe em ter feito o melhor trabalho possível. “Tudo que eles nos prometeram, eles cumpriram. Eles trouxeram o corpo da minha filha, nos permitiram a despedida dela. É triste demais, sim! Mas por mais dolorido, sabemos o que aconteceu. Tivemos nosso momento para dar adeus a ela. Eles (policiais civis) não tinham como salvar ela. Sabemos que se houvesse a possibilidade disso acontecer, eles teriam feito”, disse o pai, com olhar cabisbaixo. Paulo conta que diariamente assistia reportagens de crimes bárbaros na televisão e “isso já nos chocava, mas a gente nunca pensa que pode acontecer com a nossa família. É duro, é difícil”. Ainda tentando superar a dor da perda precoce e de forma tão cruel, assim como lidar com a saudade diária da filha, Paulo diz que espera que a Justiça seja feita. “Nada trará nossa filha de volta. Mas queremos que ele fique preso o mais tempo possível e pegue a pena mais alta; queremos que a justiça seja feita”.