Pacientes com dificuldade de locomoção são atendidos no domicílio em Campo Bom

Enfermeiro Fábio atendendo o paciente Antônio Carlos da Silva, que está acamado, com o olhar atento da esposa Izaura (Fotos: Melissa Costa)

Campo Bom – Eles oferecerem o atendimento médico em casa para pacientes com dificuldade de locomoção. E, mais do que isso, se tornam um grande suporte para as famílias que passam por momentos difíceis. Em Campo Bom, o programa Melhor em Casa já prestou mais de 2.500 atendimentos para pacientes que têm dificuldade de locomoção. As realidades são as mais diversas, vítimas de AVC e infartos e outras doenças que deixaram os pacientes acamados ou até mesmo pacientes pós-cirúrgicos. Além disso, o Médico em Casa está sendo essencial para o acompanhamento de pacientes pós-covid, que ainda precisam de tratamento e possíveis intervenções.

O secretário de Saúde, João Paulo Berkembrock, reforça a importância do programa, que é Federal e teve a adesão do município. “Este é um programa que vem complementar a nossa Estratégia de Saúde da Família (ESF). A cobertura dele é de 85% e, dentro do projeto tem visitas domiciliares, então, o Melhor em Casa vem para completar esses 15% faltantes e os demais de cobertura pela ESF, que tem um dia para visita domiciliar, fora essa data, podemos fazer os atendimentos com o Melhor em Casa”.

O serviço inclui avaliações médicas e de enfermagem, serviços de fisioterapia e nutrição e aplicação de curativos e de injetáveis. Atualmente, o município conta com 50 pacientes cadastrados no programa, recebendo atendimentos semanais e, em alguns casos, diários. Fazem parte da equipe um médico, um enfermeiro, um fisioterapeuta, um nutricionista e quatro técnicos de enfermagem.

Prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi

“Me ajudam demais”, diz esposa

A aposentada Izaura Teresinha da Silva, 69 anos, está com o marido Antônio Carlos da Silva acamado em casa há quatro anos. Há oito meses, ele recebe a visita da equipe. “Eles me ajudam demais. Há quatro anos, meu marido não consegue mais sair da cama. Há muitos anos, ele sofreu um problema neurológico e o quadro foi piorando. Eu faço tudo que posso para cuidar dele. Agradeço a toda equipe”.

“Programa que chega para agregar”, diz enfermeiro 

O enfermeiro Fabio Schwan ressalta o apoio ao ESF e às famílias e enfatiza, ainda, a importância do atendimento humanizado. “Somos uma rede de apoio ao ESF e este é um programa que chega para agregar, para dar o acompanhamento, principalmente em uma situação mais delicada de saúde. Agora, por exemplo, temos os pacientes pós-covid, que também receberão esse apoio. Temos pacientes com traqueostomia, com sequelas neurológicas e poder oferecer esse auxílio, com certeza, trará bons resultados”, pontua.

Um programa humanizado

“A demanda é grande e sabemos que quanto mais prestamos atendimento, maior ela será. Mas, também temos a responsabilidade de atender bem, não é só chegar na casa e entregar papel, ver sinais, mas saber como está a estrutura. Esse programa consegue ter a noção social desse paciente, se não está havendo algum tipo de violência, abuso, então, é um programa que integra o paciente com a saúde, de forma humanizada”, disse o secretário.

O que eles dizem sobre o programa

João Paulo Berkembrock, secretário de Saúde.

“Damos muito atenção a este programa. Desde o dia em que assumi, coloquei ele como uma das prioridades. É um programa que temos muito a crescer e que, talvez, ainda pode ser maior, incluindo outras coisas, como entrega de medicamentos, que desafogaria as unidades”.

 

Fábio André Schwan, enfermeiro do Melhor em Casa.

“O Melhor em Casa é uma rede de apoio ao ESF, que já oferece atendimento aos usuários do SUS. Chegamos para agregar, dar apoio a um paciente numa fase aguda, assim como ajudar a estruturar a família. Às vezes, é um suporte temporário, de 30 a 90 dias, ou por mais tempo se necessário. O programa traz bons resultados”.